Viagem de estudos ao Rio de Janeiro promove educação antirracista, feminista e em direitos humanos

(Foto: arquivo pessoal)

Entre 4 e 7/12, alunos da UNIFAL‑MG, pós‑graduandos, professores da educação básica, integrantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) e membros da comunidade externa viajaram ao Rio de Janeiro para uma experiência de estudos. A iniciativa, vinculada ao projeto de extensão “Consciência negra o ano todo, de janeiro a janeiro”, foi coordenada pela professora Ana Lúcia da Silva e pelo professor Marcelo Menezes Salgado.

Foto: arquivo pessoal

Os organizadores ressaltam que a proposta dialoga com a legislação educacional que tornou obrigatória a inclusão da história e cultura afro‑brasileira e indígena nos currículos escolares e, a partir de 2025, das contribuições de mulheres na história, ciência, arte e cultura.

De acordo com os relatos do grupo, a viagem funcionou como um encontro de gerações e saberes: estudantes, idosos e professores conviveram e trocaram experiências, refletindo sobre racismo, machismo e outras desigualdades sociais presentes no cotidiano. Os participantes também destacaram o valor pedagógico da atividade, pois o diálogo entre diferentes idades e profissões evidenciou que a universidade está inserida na sociedade e que estas vivências contribuem para concretizar o que a legislação propõe.

O roteiro contemplou diferentes espaços que articulam arte, saúde mental e memória. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o grupo visitou a exposição Flávio Cerqueira – Um Escultor de Significados. O artista utiliza o bronze para retratar pessoas comuns e cenas do cotidiano.

Em Engenho de Dentro, subúrbio carioca, os viajantes conheceram o Museu de Imagens do Inconsciente, criado pela psiquiatra Nise da Silveira. Nise ficou conhecida por combater métodos violentos e valorizar a arte como terapia na saúde mental, e a comitiva pôde observar trabalhos de pacientes e discutir a relevância da arte no tratamento humanizado. O percurso se estendeu ao Bosque Dona Ivone Lara, homenagem à enfermeira e sambista que lutou por tratamentos humanizados e usou a música como cuidado terapêutico.

Outro momento marcante foi a passagem pela Pequena África, região portuária que guarda a memória da diáspora africana. O grupo visitou a Casa Escrevivência, criada pela escritora Conceição Evaristo, localizada no Largo da Prainha e próxima ao Cais do Valongo.

A itinerância incluiu ainda o Museu do Samba e a quadra da Estação Primeira de Mangueira, onde foram debatidas as contribuições das mulheres negras ao carnaval e à cultura popular.

Fotos: arquivo pessoal dos participantes da viagem

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