O Auditório do Prédio F do campus Poços de Caldas da UNIFAL MG recebeu, nos dias 21 e 22/10, a terceira edição do Workshop “Prof. Dr. Theo Guenter Kieckbusch”. O encontro integrou as atividades do Programa de Pós Graduação em Engenharia Química (PPGEQ) e marcou a celebração dos dez anos do curso. O evento reforçou a missão de aproximar pesquisa e sociedade, homenageando o professor Theo Guenter Kieckbusch, pioneiro na implantação da graduação e da pós graduação em Engenharia Química na UNIFAL MG.
Solenidade de abertura
As atividades começaram na manhã do dia 21 com a formação da mesa de autoridades e a execução do Hino Nacional. A professora Grazielle Andrade, mestre de cerimônias, destacou a importância de reunir estudantes, docentes, egressos e comunidade externa para celebrar a história do programa. Ao lado dela, compuseram a mesa a pró reitora de Pesquisa e Pós Graduação, profª Vanessa Bergamim Boralli Marques; o diretor do campus Poços de Caldas, prof. Leonardo Henrique Soares Damasceno; o diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia, prof. Rodrigo Sampaio Fernandes; o coordenador do PPGEQ e presidente da comissão organizadora do evento, prof. Rafael Firmani Perna; e o representante discente Kalebe Ferreira Furtado.
Em sua saudação, a professora Vanessa recordou a relevância social da pós graduação, sublinhando que a pesquisa realizada na universidade pública transforma vidas e impulsiona o desenvolvimento do país. O diretor do campus, professor Damasceno, ressaltou o papel dos programas de pós graduação como instrumentos de ascensão social e lembrou que a Engenharia Química do campus registra alta participação de alunos de origem popular. Já o diretor do ICT, professor Sampaio, destacou os desafios da ciência brasileira e a necessidade de internacionalização e colaboração, citando uma frase de Marie Curie: “na vida nada se deve temer, mas sim compreender”.

O coordenador do PPGEQ, professor Rafael Firmani Perna, apresentou um panorama da trajetória do programa desde seu início, em abril de 2015. Segundo ele, as duas linhas de pesquisa – Engenharia de Bioprocessos e Engenharia de Produtos e Processos Químicos – são desenvolvidas por 14 docentes permanentes. Em dez anos, o programa formou 79 mestres, registrou crescimento expressivo na produção científica – de cerca de 81 trabalhos no primeiro biênio para mais de 400 no quadriênio atual – e coordena seis grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq. Quase metade dos alunos matriculados provém de outras instituições, e 72 % dos egressos ingressaram no mercado de trabalho em setores como indústria química, alimentícia, de bebidas, farmacêutica e mineração; os demais seguiram para doutorado. A captação de recursos também cresceu: no quadriênio 2021–2024 foram aprovados 21 projetos de pesquisa, totalizando cerca de R$ 4 milhões, valor 150% maior que o obtido no ciclo anterior.
Palestras e oficinas

A programação incluiu palestras, oficinas e momentos de integração. Na manhã do primeiro dia, a pró reitora Vanessa Bergamim Boralli Marques proferiu a conferência “Planejamento estratégico e autoavaliação dos programas de pós graduação”, abordando ferramentas para melhorar a gestão acadêmica e a avaliação da produção científica. Após o coffee break, a professora Gisella Maria Zanin, titular do Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM), apresentou a palestra “Tecnologia Enzimática: Soluções Sustentáveis no Encontro entre Biotecnologia, Química Verde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Reconhecida nacionalmente nas áreas de biocatálise e biotecnologia, Zanin possui mais de 130 publicações e destacou como a tecnologia enzimática contribui para processos industriais mais limpos e para a valorização de biomassas.
À tarde, foram oferecidas oficinas de métodos cromatográficos para estudantes inscritos e uma reunião administrativa para docentes. No dia 22, as convidadas Luana Fátima da Silva Ramos (gerente de Recursos Humanos) e Sabrina Casagrande Souza (supervisora de Laboratório) do Grupo Pradolux Luxparts abordaram oportunidades de carreira na indústria.
A programação terminou com uma mesa redonda mediada pelo professor Roberto Bertholdo, reunindo quatro egressos do PPGEQ – Débora Prudente Lima, Alex Marquiti Alves, Giancarlo de Souza Dias e Guilherme Adolfo Cassiano – que compartilharam suas trajetórias na academia e na indústria, destacando os desafios enfrentados e as perspectivas de mercado para engenheiros químicos.
Fotos: Luciana Resende (Dicom) e Grazielle Andrade (ICT)



































