Para comentar os impactos do novo salário mínimo, reajustado para R$1.518,00, a reportagem do jornal da EPTV – 1ª edição, do dia 2 de janeiro, conversou com o professor Marçal Serafim Cândido, do Núcleo de Estudos em Economia Aplicada (NEEAP) da UNIFAL-MG Varginha.
O docente destacou que, apesar da inflação de 4,9%, o aumento real do salário mínimo é de 2,7%. Esse reajuste deve aumentar a capacidade de compra dos brasileiros, o que contribuirá para a movimentação da economia.
Entre as projeções do professor, o setor de café registrou um aumento de 122% no preço, mais que dobrando de valor. Já no caso da carne, embora o preço tenha subido 25%, houve uma maior oferta de boi e crescimento da demanda externa. A desvalorização do real frente ao dólar tornou mais vantajoso para os produtores exportar carne, em vez de comercializá-la internamente. Como resultado, os preços devem continuar elevados para os consumidores brasileiros. Marçal Serafim afirmou que não há expectativa de queda nos preços, pois estes estão diretamente ligados à cotação do dólar, que, segundo ele, deve se manter alto.
Em relação à taxa de desemprego, o professor destaca que, “apesar da redução da taxa de desemprego, a produtividade não melhorou”. Ele explica que o que determina a melhoria da produtividade é a capacidade de produzir mais com os mesmos recursos, e, por isso, muitas pessoas não sentirão os benefícios dessa diminuição no desemprego.
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