A UNIFAL-MG recebe, até final de julho, a mestranda mexicana Lili Kristell Ochoa Mandujano para um período de “mestrado sanduíche” no Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade (PPGNL) da Instituição. Selecionada pelo edital “Move la América” da CAPES, a vinda da mestranda da Universidad de Ciencias y Artes de Chiapas (UNICACh) reforça o compromisso da UNIFAL-MG com a internacionalização e a pesquisa.
A iniciativa, que visa atrair discentes da América Latina e do Caribe para instituições brasileiras, representa um passo significativo para a ampliação das fronteiras acadêmicas da Universidade. A professora da Faculdade de Nutrição (FANUT) e coorientadora de Lili no Brasil, Olga Luisa Tavano, destaca a importância do intercâmbio. “O Programa Move La América se soma aos esforços de internacionalização do PPGNL. Possibilita a troca de experiências quanto a modelos de organização didática e técnica, além de proporcionar visibilidade de nossa temática de pesquisa, fortalecendo a atenção ao estudo do envelhecimento sob o prisma da saúde e longevidade”, afirma.
Segundo a docente, a presença da mestranda cria um impacto imediato na comunidade acadêmica. “O convívio com uma colega que fala língua estrangeira, tira-nos da zona do conforto linguístico, elemento fundamental para o diálogo internacional”, explica. “De modo mais institucional, a vinda da mestranda estrangeira dá testemunho de nossa capacidade técnica e científica à sua universidade de origem, demonstrando nosso potencial para o diálogo técnico-científico além-fronteiras”, complementa a professora Olga.
A pesquisa
Durante sua estadia, Lili desenvolve suas atividades no Laboratório de Nutrição Experimental da FANUT. Sua pesquisa, vinculada ao mestrado em “Nutrición y Alimentación Sustentable” da UNICACh, mergulha nas tradições de povos originários do continente.
“A pesquisa diz respeito à produção e sabedoria dos povos originários. No caso, a mestranda está trabalhando com uma mistura alimentar, com potencial nutricional e bioativo, que remonta a tradições maias e astecas, sendo uma bebida típica da etnia mochó, do México”, detalha a professora Olga. Lili aprofunda o tema: “Minha pesquisa se centra no estudo dos compostos bioativos presentes em uma bebida tradicional conhecida como puzunque. Estou analisando suas propriedades funcionais e sua possível aplicação na área de saúde e nutrição”, conta.
Para Lili, a escolha pela UNIFAL-MG foi estratégica. “Escolhi a UNIFAL-MG por ser uma universidade reconhecida por seu enfoque em pesquisa científica, especialmente na área de alimentos e compostos bioativos. Além disso, a possibilidade de colaborar com pesquisadores brasileiros me pareceu uma excelente oportunidade para enriquecer minha formação”, revela a mestranda.
A experiência, segundo ela, tem superado as expectativas. “A universidade me proporcionou um ambiente muito acolhedor, e os professores e pesquisadores têm sido muito colaborativos. Estou aprendendo muito tanto no acadêmico quanto no pessoal”, afirma. Ela destaca ainda o lado cultural da vivência: “O que mais me surpreendeu foi o acolhimento das pessoas e a disposição que têm para ajudar. Também me encantou conhecer a cultura brasileira e provar suas comidas típicas. A experiência tem sido muito enriquecedora em todos os sentidos”.
Os benefícios são mútuos. Conforme ressalta a professora Olga, a troca de experiências permite que os discentes da UNIFAL-MG valorizem criticamente a ciência produzida na instituição e desperta o interesse por vivências em outros países.
A vinda de Lili também reforça laços institucionais, consolidando uma parceria de cooperação internacional já existente entre a UNIFAL-MG e a UNICACh. “Para que pesquisadores e estudantes interajam conosco é preciso conhecer-nos, e ações como esta nos trazem visibilidade e reconhecimento”, conclui a professora Olga.
