Com aulas teóricas e atividades de campo, disciplina intensiva promove reflexões sobre práticas patrimoniais frente às transformações ambientais globais

Estudantes de graduação e pós-graduação participaram da disciplina, que contou também com representantes da Prefeitura Municipal de Alfenas, do Museu da Memória e Patrimônio, e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. (Foto: Arquivo/Walter Lowande)

Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, estudantes de graduação e de pós-graduação na área de História da UNIFAL-MG participaram da disciplina concentrada de férias intitulada Metodologias patrimoniais do e no Antropoceno, que envolveu aulas teóricas e atividades de campo.

Disciplina foi proposta em colaboração com a professora Cintia Velazquez Marroni, do Instituto Mora, do México. (Foto: Arquivo/Walter Lowande)

Coordenada pelo professor Walter Francisco Figueiredo Lowande, do Programa de Pós-Graduação em História, a disciplina faz parte do Programa de Fomento à Internacionalização da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e FAPEMIG, em colaboração com a professora Cintia Velazquez Marroni, do Instituto Mora, do México.

“Ao longo desses dias, buscamos desenvolver metodologias de observação em sítios patrimonializáveis sujeitos a transformações vinculadas ao Antropoceno”, explica o professor Walter Lowande. “Esse método de ensino/observação será replicado, no próximo ano, na Cidade do México”, conta.

Conforme o coordenador, as manhãs foram dedicadas a aulas teóricas no Laboratório de Ensino de História, na Sede, enquanto as tardes contaram com atividades de campo em espaços como o Parque Multicultural em Sustentabilidade de Alfenas, o Museu da Memória e Patrimônio da Universidade, o centro da cidade de Fama e o Assentamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio.

Atividades de campo envolveram espaços como o Parque Multicultural em Sustentabilidade de Alfenas, o Museu da Memória e Patrimônio da Universidade, o centro da cidade de Fama e o Assentamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio. (Foto: Arquivo/Walter Lowande)

Entre os participantes das atividades estiveram presentes o professor Christiano Coelho, da Universidade Federal de Jataí (UFJ); Lilian Castro e Mateus, representantes da Prefeitura Municipal de Alfenas; Josiane de Fátima e Gabriela, do Museu da Memória e Patrimônio; e Helen Mayara Santos, Tuíra, Ricarda, Fábio, Meire, Júlio, Biloba e Daniel, do assentamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Campo do Meio.

O professor Walter Lowande explica que a colaboração entre a UNIFAL-MG e o Instituto Mora iniciou em 2020, quando teve a oportunidade de conhecer a professora Cintia Marroni durante a 5ª Conferência Bianual da Associação de Estudos Críticos de Patrimônio, realizada em Londres, no formato online devido à pandemia de COVID-19. Desde então, o diálogo entre os pesquisadores resultou em diversas ações conjuntas, como debates, seminários e a produção de artigos científicos. A disciplina concentrada foi uma etapa prática desse intercâmbio internacional.

“Nosso intuito é apresentar uma contrapartida às hipóteses formuladas por intelectuais anglo-saxões a partir de uma perspectiva comparativa latino-americana”, destaca o professor. A proposta dialoga diretamente com os estudos do grupo de pesquisa Heritage Futures, liderado por Rodney Harrison (University College London), que organiza o debate sobre práticas patrimoniais em torno dos eixos: transformação, profusão, incerteza e diversidade, para o enfrentamento dos problemas ambientais globais.

Segundo o professor, os resultados dessa experiência devem compor dois novos artigos científicos: um com enfoque teórico-metodológico e outro apresentando as vivências e dados coletados ao longo da disciplina.

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