Entre os dias 9 e 11 de setembro, a UNIFAL-MG realizou audiências públicas para apresentar a primeira versão do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) referente ao período 2026 a 2030 à comunidade universitária. Os encontros aconteceram em Alfenas, na terça-feira (9); em Poços de Caldas, na quarta-feira (10); e em Varginha, na quinta-feira (11). As audiências marcaram também a abertura da consulta pública para que toda a comunidade universitária possa contribuir com sugestões por meio do formulário disponível neste link.
O PDI define missão, visão de futuro, objetivos e estratégias que orientarão a Universidade nos próximos cinco anos. Além de garantir o cumprimento de exigências legais, o documento é visto como um guia estratégico que articula ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa de forma integrada e participativa.
Os encontros contaram com a presença do reitor, o professor Sandro Amadeu Cerveira; do pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional, o economista Lucas Cezar Mendonça; da coordenadora de Desenvolvimento Institucional, a administradora Larissa Araújo dos Santos; do vice-diretor do campus Poços de Caldas, o professor Marlus Pinheiro Rolemberg, e da diretora do campus Varginha, a professora Gislene Araújo Pereira.
Instrumento estratégico para pensar o futuro da Instituição

Durante a audiência em Alfenas, o reitor, professor Sandro Amadeu Cerveira, destacou a importância da participação coletiva e da ousadia no planejamento. “Nossa Universidade merece, nossa comunidade merece que nós pensemos grande, que nós olhemos para o futuro com ousadia”, afirmou.
Para ele, o PDI deve ser mais que uma exigência burocrática: “Planejar o futuro não significa uma coisa estática, não significa que vamos ficar presos no sentido negativo nesse tempo, mas ter uma referência para avançar sabendo nossas potências, aquilo que nos preocupa ou que nos ameaça, mas, sobretudo, também, as nossas capacidades e onde nós queremos chegar.”

O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional, o economista Lucas Cezar Mendonça, enfatizou que o documento se consolidou como ferramenta estratégica. O gestor relembrou que, em seu mestrado, a sua pesquisa identificou a ausência de monitoramento do PDI em grande parte das universidades. “Cerca de 40% das universidades não tinham sequer acompanhamento do PDI institucional, faziam o documento para cumprir a legislação, no entanto, não faziam o acompanhamento desse PDI, e muitas outras universidades faziam, mas por meio de planilhas ou de forma manual”, relembrou.
Conforme Lucas Mendonça, a construção da Plataforma For – integração entre o ForPDI e ForRisco, sistemas do governo que permitem o acompanhamento do planejamento institucional e a gestão de riscos nas universidades e institutos federais, projeto em que esteve pessoalmente envolvido – incentivou muitas universidades a fazerem o acompanhamento do planejamento estratégico. Tal plataforma permite acompanhar em tempo real os objetivos institucionais e vincular ações como compras, orçamento e projetos aos eixos do PDI. “A gente aproveita essa obrigatoriedade e transforma isso em um documento realmente estratégico para a Instituição”, explicou.

A coordenadora de Desenvolvimento Institucional, a administradora Larissa Araújo dos Santos, apresentou em detalhes o processo de elaboração do PDI da UNIFAL-MG, iniciado há um ano. A proposta de trabalho foi validada pelo Comitê de Governança, Riscos, Controle e Integridade (CGRCI) e resultou em um documento coletivo no Google Docs, no qual os setores responsáveis preencheram as informações obrigatórias.
Na fase de diagnóstico, foram realizados grupos de foco, mediados por docentes das áreas de Ciências Sociais e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade. Nessa etapa, foram reunidos diferentes perfis da comunidade universitária em encontros que, segundo Larissa Santos, geraram engajamento e resultaram em uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) consolidada. Houve ainda a oferta de um minicurso de capacitação em planejamento estratégico, que qualificou os participantes para compreender conceitos de objetivos, indicadores e métricas.

Com base nesse trabalho, a Universidade revisou missão, visão e valores e construiu o Mapa Estratégico, inspirado no Balanced Scorecard adaptado ao setor público. Cada objetivo estratégico foi associado a indicadores e metas documentadas em fichas de acompanhamento, que permitem mensuração e monitoramento contínuo. “Se a gente sabe onde a gente quer chegar, a gente consegue manter o nosso foco ali onde a gente deseja chegar. Então a gente acaba com todas as distrações que tira o nosso foco de alcançar a nossa visão, porque essa é a nossa principal meta dentro do planejamento estratégico”, enfatizou Larissa Santos.

Em Poços de Caldas, o vice-diretor do campus, professor Marlus Pinheiro Rolemberg, reforçou a importância da participação local na construção do documento. “Boa parte do que foi discutido aqui foi trabalhada junto com a gestão anterior, e a ideia é que todos nós possamos participar e contribuir. Estamos planejando nossa Instituição para os próximos cinco anos, uma etapa muito importante. Precisamos ter consciência de para onde queremos ir e como podemos modificar o futuro”, contextualizou, conclamando docentes, técnicos e estudantes do campus a enviarem contribuições durante o período de consulta pública.

Já em Varginha, a diretora do campus, professora Gislene Araújo Pereira, destacou a relevância do planejamento estratégico para a consolidação da Universidade. “Um planejamento institucional é essencial para garantir que a nossa Universidade siga firme em sua missão de oferecer ensino, pesquisa e extensão de qualidade. O PDI é o instrumento que irá nos orientar, assegurando que nossas ações estejam alinhadas às necessidades da sociedade e ao futuro da Instituição”, disse. Para ela, a realização das audiências públicas e a abertura da consulta online fortalecem o caráter democrático do processo: “As metas da Universidade precisam ser construídas de forma coletiva, transparente e participativa”.
Consulta pública
A comunidade acadêmica poderá enviar sugestões ao documento até o dia 17 de outubro, por meio de formulário online, disponível aqui. As contribuições devem estar fundamentadas na análise SWOT e focadas em aspectos estratégicos. Após a sistematização das propostas, a versão final do PDI será encaminhada ao Conselho Universitário (Consuni) em novembro e, em dezembro, deliberada para entrar em vigor no início de 2026, com validade até 2030.
Para responder à pergunta “O que a UNIFAL-MG deve fazer melhor?” e saber detalhes da construção do PDI da UNIFAL-MG para o período 2026-2030, acesse a página do Plano de Desenvolvimento Institucional neste link.
Audiência em Alfenas – 9 de setembro
Audiência em Poços de Caldas – 10 de setembro
Audiência em Varginha – 11 de setembro
(Fotos: Ana Carolina Araújo, Luciana Costa de Resende Vilela e Ivanei Salgado/Dicom/UNIFAL-MG)