Programa de extensão da UNIFAL-MG realiza exibição de filmes sobre temas da literatura do poeta argentino Jorge Luis Borges por meio do projeto Cineclube Borgeano

A proposta está centrada na promoção da ciência, arte, cultura e integração
Capa oficial do filme "Bab'Aziz: O Príncipe que Contemplava sua Alma” (2005). (Imagem: reprodução/Nacer Khemir Films)
Arte feita pelo bolsista de extensão do projeto Guilherme Romao Martins, discente do curso de Medicina da UNIFAL-MG

O programa de extensão da UNIFAL-MG Ponto Nexus: Noites de Ciência, Cultura e Arte, realiza o projeto Cineclube Borgeano, com exibição de filmes relacionados aos principais temas da literatura do escritor argentino Jorge Luis Borges, como a memória e o esquecimento, o tempo não linear, as duplicidades/espelhamentos e o onírico. O primeiro filme exibido, no dia 25/09, foi “Your Name” (2016), de Makoto Shinkai.

O coordenador do projeto, Jessié Gutierres, ao lado da atriz Leonora Guarda e do diretor de cinema Hércules Gouveia, durante debate sobre o filme Your Name, de Makoto Shinkai, exibido na abertura do evento. (Foto/Arquivo Pessoal)

No dia 03/10 acontece a exibição do filme “Bab’Aziz – O Príncipe que Contemplava sua Alma” (2005), do diretor tunisiano Nacer Khemir, às 17h30. Duas datas adicionais, no final de outubro, ainda serão confirmadas para a animação “Planeta Fantástico” (1973), de René Laloux, com foco no surrealismo e no universo onírico, e outra voltada à temática da memória e dos labirintos, com filmes ainda a serem definidos. As sessões acontecem no Auditório Leão de Faria.

“Eu sou um leitor do poeta e escritor argentino Jorge Luis Borges, e tanto seus poemas como contos sempre me chamaram a atenção, muito pelo aspecto psicológico das narrativas e também por perspectivas interessantes sobre a memória e o onírico dos seus escritos”, declara Jessié Martins Gutierres, professor visitante do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), colaborador no Museu de Memória e Patrimônio e História Natural da UNIFAL-MG e coordenador do projeto.

Capa oficial do filme “Planeta Fantástico” (1973). (Imagem: reprodução/Argos Films)

A atividade objetiva inovar a divulgação científica e estimular o pensamento crítico e reflexivo. “Além disso, um cientista que admiro muito, já falecido, o professor Iván Izquierdo (UFRGS), falava muito do Borges e trazia vários elementos da literatura dele para as suas aulas e palestras e isto ficou gravitando na minha mente, até eu pensar em um projeto associando a divulgação científica e arte na extensão universitária”, afirma Jessié Gutierres.

Ponto Nexus 

O Ponto Nexus foi criado a partir da necessidade de criar espaços que promovam a convergência entre diferentes áreas do saber, como a arte, a cultura e as ciências de forma geral, como um meio de disseminar o conhecimento científico em uma abordagem integrada com a literatura e o cinema. 

“Minha formação superior na pós-graduação, tanto em Bioquímica/Neurociências quanto em Ensino de Ciências, me levou a propor, aqui na UNIFAL-MG, um projeto que pudesse realizar essa junção profícua entre literatura, cinema e neurociências”, enfatiza Jessié Gutierres.

O programa, resultado de um trabalho coletivo, reúne a professora do ICB da UNIFAL-MG Andrea Mollica do Amarante Paffaro, como coordenadora adjunta; a atriz Leonora Guarda Rezende; e os bolsistas de extensão do curso de Medicina da Universidade, Guilherme Romao Moraes Martins e Miguel Seguin Neto. A ação também conta com convidados e debatedores ao longo do ano.

Em novembro, com data a ser confirmada, o Ponto Nexus promove o projeto “As Noites Borgeanas – Tecituras sobre Sonhos e Memória”, um evento noturno que ocorre no Museu da UNIFAL-MG, com jantar iluminado, performances teatrais e declamação das obras do Borges, onde docentes e discentes farão a curadoria dos textos, os ensaios e a cenografia. 

“Eu sempre acreditei que tanto a Arte quanto a Ciência caminham juntas, ambas investigam e modelam formas de compreender a realidade. A criação de espaços de disseminação e popularização desses conhecimentos, assim como a cultura, também são fundamentais para a existência e a manutenção do que entendemos por Universidade, além de ser crucial para enfrentarmos os desafios contemporâneos que se impõem para que nossos estudantes tenham uma formação mais interdisciplinar e que nos obriga como docentes a sermos mais criativos e inovadores”, finaliza.

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