As equipes da Agência de Inovação e Empreendedorismo (I9) e da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (NidusTec) movimentaram a UNIFAL-MG durante eventos de capacitação realizados na Instituição com o objetivo de despertar a criatividade e fomentar a cultura empreendedora junto à comunidade universitária e público externo.
Entre os dias 28 de maio e 27 de junho foram realizadas palestras semanais no Curso de Pré-Incubação, Startup Run com foco em Modelos de Negócios Sustentáveis para o curso de Engenharia Química da UNIFAL-MG Poços de Caldas, e também a Oficina de Fatiamento e Impressão 3D realizada junto aos estudantes do SENAC.
Curso de Pré-Incubação
Com início no dia 28 de maio, o curso da pré-incubação se estendeu durante o mês de junho, com aulas todas as terças via Google Meet. O programa de pré-incubação visa capacitar projetos inovadores com potencial para que se transformem em negócios de sucesso. “Essa iniciativa busca não apenas estimular a transformação de tecnologias em produtos e processos inovadores, mas também fomentar a criação de empresas de base tecnológica, afirma a professora Izabella Carneiro Bastos, diretora da Agência de Inovação e Empreendedorismo.
Para acompanhar e avaliar o desenvolvimento das ideias, o programa foi estruturado em marcos. No Marco 1, além da Declaração do Problema/Oportunidade, também são avaliados: a Pesquisa de Apoio (seja ela primária ou secundária), a Definição do Cliente e o Compromisso da Equipe. “Essas avaliações são cruciais para assegurar que os projetos estejam bem fundamentados e alinhados com as necessidades do mercado”, comenta.
Durante a execução do Marco 1, os participantes prestigiaram palestra com a própria professora Izabella Bastos, que apresentou a proposta do curso, familiarizando os participantes com a dinâmica do programa e as expectativas para o desenvolvimento dos projetos.
Na semana seguinte, Armando Marsarioli Filho, da Icro Digital, ministrou uma palestra sobre “Cultura Empreendedora e Gestão de Time”. Na oportunidade, o convidado destacou a importância de cultivar uma mentalidade empreendedora e de construir equipes coesas e comprometidas, elementos fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento.
Wagner de Oliveira Júlio, da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica NidusTec, abordou a temática da segunda semana, quando falou sobre “Dor de Mercado e Validação”. O ministrante enfatizou a necessidade de identificar problemas reais do mercado e de validar as soluções propostas, a fim de garantir que os projetos atendam efetivamente às demandas dos clientes.
Na terceira semana, Wagner Júlio novamente palestrou para os participantes, dessa vez para falar sobre “Perfil de Cliente”. Em sua explanação, o palestrante discutiu a importância de entender profundamente o público-alvo e de desenvolver estratégias de marketing direcionadas, que permitam alcançar e engajar os clientes de maneira eficaz.
“Com o Curso de Pré-Incubação, oferecemos uma oportunidade ímpar para que nossos alunos e professores pudessem transformar suas ideias em projetos concretos, explorando desde a concepção até a validação de modelos de negócios”, explica a professora Izabella Bastos. Conforme ela, esse curso não só estimula a criatividade, mas também prepara os participantes para enfrentar os desafios do mercado de trabalho com um olhar inovador e empreendedor.
Startup Run: Modelos de Negócios Sustentáveis em Engenharia Química Poços de Caldas
Com o objetivo de transformar e estruturar ideias também foi promovido o evento “Startup Run: Modelos de Negócios Sustentáveis” que trabalhou o contexto do empreendedorismo a partir da temática “saúde, sustentabilidade e tecnologia”.
O evento foi realizado no campus Poços de Caldas junto aos estudantes e docentes do curso de Engenharia Química, no dia 5 de junho. As equipes da organização orientaram os participantes a apresentarem ideias e os capacitaram para que consigam desenvolvê-las. A ideia é que eles consigam implementar os projetos com valor de mercado. A partir desse processo de lapidação, as ideias mais consistentes receberão premiações inéditas adquiridas Agência de Inovação e Empreendedorismo por meio de parcerias.
“Esse evento foi crucial para mostrar aos nossos alunos e profissionais da área como é possível unir inovação tecnológica com sustentabilidade. A troca de experiências e a construção de modelos de negócios que respeitam o meio ambiente são diferenciais que esperamos ver cada vez mais presentes nas nossas práticas diárias e futuras iniciativas”, enfatizou a diretora da Agência de Inovação.
Oficina de Fatiamento e Impressão 3D
Realizada no dia 27 de junho, a Oficina de Fatiamento e impressão 3D teve como proposta transmitir a essência da cultura maker na prototipação de ideias, para demonstrar o poder da criação em conjunto com o espírito empreendedor.
“Foi oferecido aos participantes um referencial prático de como reproduzir ideias em escala, e ainda, a gama de possibilidades de produzir peças com potencial de depósito de patentes mostrando como a criatividade humana aplicada à visão de design, modelagem e engenharia, complementa seus aprendizados para a ação posterior”, relata a diretora.
A oficina ocorreu em três momentos. Primeiro, houve a apresentação teórica do funcionamento e manutenção da impressora 3D e seus tipos de filamento, integrando conceitos de Matemática, Química e Física. O objetivo foi transmitir a natureza interdisciplinar da cultura maker alinhada com a visão de Richard Feynman de que “O que eu não posso criar, eu não entendo”.
Em seguida, a equipe da Agência de Inovação e Empreendedorismo conduziu uma capacitação sobre o software open-source “Prusa Slicer”, abordando conceitos fundamentais de computação e arquitetura de computadores. “Esses conceitos são essenciais para compreender como a impressora 3D se comunica com o computador, interpreta o arquivo e executa o conjunto de instruções necessárias para materializá-lo”, conta.
Ao final, os participantes tiveram a oportunidade de presenciar a conclusão da impressão de uma peça em tempo real, o que proporcionou uma conexão direta entre o conhecimento teórico adquirido durante a oficina e sua aplicação prática.
“A aplicação dessas tecnologias abre um leque de possibilidades para nossos alunos, que podem agora integrar essas ferramentas em seus projetos, ampliando suas capacidades criativas e técnicas”, pontua a professora Izabella Bastos.
Para Rafael Domingues, físico, discente do curso de Ciência da Computação da UNIFAL-MG e bolsista de Desenvolvimento em Ciência, Tecnologia e Inovação, a experiência da cultura maker compartilhada com os estudantes do SENAC enriqueceu a oficina, tendo em vista a possibilidade de despertar a cultura inovadora entre os participantes. “Pela primeira vez me dei conta do poder que temos nas mãos e foi uma oportunidade incrível sentir isso junto do pessoal do SENAC”, disse.
De acordo com o bolsista, a oficina permitiu multiplicar os saberes que podem ser amplamente aplicados a potenciais produtos patenteáveis. “A união da vivência empreendedora dos alunos do SENAC, com sua natural visão das dores de mercado local, e nossa habilidade de modelar e materializar ideias nos permitiu vivenciar a essência da cultura maker”, afirma.
Em sua visão, a ressonância de insights proporcionou aos participantes a chance de refletir sobre como podem aprimorar os processos de produção de seus produtos mercadológicos, enquanto a equipe pôde vislumbrar as proporções do impacto do trabalho que tem feito. “Estamos cultivando sementes ‘da mentalidade inovadora’ que, como dentes-de-leão ao vento, têm o potencial de se espalhar e florescer em muitos lugares”, finaliza.
Acompanhe as atividades promovidas pela Agência de Inovação e Empreendedorismo aqui.