Na tarde de 7 de agosto de 2025, o auditório Laudelina de Campos Melo, no campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG, foi tomado por famílias, amigos e servidores para a colação de grau dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT), Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas e Engenharia Química. Na cerimônia, 43 estudantes receberam oficialmente o título de bacharéis: 13 do BICT, 10 de Engenharia Ambiental, dois de Engenharia de Minas e 18 de Engenharia Química. Em meio a música, palmas e abraços, os discursos destacaram conquistas pessoais, agradecimentos e a defesa do ensino público.

A mesa solene foi composta pelo reitor Sandro Amadeu Cerveira, que presidiu a sessão, pelo diretor do campus de Poços de Caldas, Leonardo Henrique Soares Damasceno, pelo diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), Rodrigo Sampaio Fernandes, pela paraninfa do BICT, professora Alessandra Regina Pepe Ambrozin, pelo paraninfo das Engenharias, professor Leandro Lodi, pelo homenageado do BICT, professor Vilson Carlesso dos Reis, e pela homenageada das Engenharias, professora Renata Piacentini Rodriguez. Também integraram a mesa a coordenadora do BICT, professora Denise Gomes Alves; o vice‑coordenador de Engenharia Ambiental, professor Romero Francisco Vieira Carneiro; o coordenador de Engenharia de Minas, professor Guilherme José Ramos Oliveira; e a coordenadora de Engenharia Química, professora Maurielen Guterres Dalcin.

A sessão teve início com a execução do Hino Nacional, seguida pelo juramento conduzido pela bacharela Julya Freide da Silva, do BICT. A engenheira ambiental Isabelle Roberta Machado Silva representou os colegas ao receber o capelo das mãos do reitor. No termo de colação lido em seguida, a diretora do Departamento de Registros Gerais e Controle Acadêmico, Vanja Myra Barroso Vieira da Silveira, registrou que os formandos “prestaram o juramento e receberam os graus de bacharéis e bacharelas Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia, em Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas e Engenharia Química”.
Destaques acadêmicos e homenagens
Como é tradição, a UNIFAL‑MG entregou o prêmio Destaque Acadêmico aos formandos com melhor desempenho. No BICT, a homenageada foi Isabela Cristina Ferreira — representada por sua mãe, Solange Tereza — que não pôde comparecer porque deu à luz no mesmo dia. Na Engenharia Ambiental, a premiação foi para a engenheira Isabelle Roberta Mahado Silva; na Engenharia de Minas, para a engenheira Emily Freire Vicente; e, na Engenharia Química, para o engenheiro Diego Henrique Loro. Professores e coordenadores de cada curso fizeram a entrega, sob aplausos da plateia.

Durante as homenagens, os formandos agradeceram aos docentes e aos técnicos, lembrando que a conquista também pertence às famílias. O diretor Rodrigo Fernandes enfatizou que a colação é uma vitória coletiva e que ciência e engenharia exigem rigor e imaginação, convidando os egressos a usarem o conhecimento para gerar sentido e deixar marcas positivas na sociedade. Já o diretor Leonardo Damasceno lembrou que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e que o ensino público é uma das poucas vias de ascensão social, motivo de orgulho para os formandos.
A paraninfa Alessandra Ambrozin, professora do BICT, emocionou‑se ao agradecer o convite inesperado. Ela destacou que concluir o curso exige muita dedicação — disciplinas obrigatórias, horas de extensão e trabalhos finais — e incentivou os novos profissionais a seguirem alguns conselhos: permanecer autênticos, trabalhar com paixão, abraçar desafios, dar o melhor de si e viver com leveza. O paraninfo das Engenharias, professor Leandro Lodi, dirigiu‑se aos familiares, agradecendo a confiança na instituição e lembrando que a graduação não é um fim, mas o início de uma jornada. Em sua fala, reforçou valores como ética, respeito e empatia, pilares que, segundo ele, acompanham as competências técnicas e habilidades profissionais dos engenheiros formados.

No discurso dos formandos, a oradora Júlia Costa Monteiro, da Engenharia Química, comparou a experiência universitária à forja do aço: “assim como o ferro precisa do calor e da pressão para se tornar mais resistente, nós também passamos pelo fogo das provas e pela pressão dos prazos apertados”, disse, destacando que a pandemia ensinou resiliência e que a educação pública é um investimento que transforma vidas. Júlia lembrou que cada uma das quatro áreas representadas tem o poder de transformar o mundo — da inovação tecnológica à sustentabilidade ambiental — e encerrou afirmando que aquele momento era apenas o primeiro passo de uma trajetória ainda maior.

Para encerrar a cerimônia, o reitor Sandro Amadeu Cerveira reforçou que o ensino superior público é um bem coletivo. “A universidade pública não cai do céu; ela é uma construção humana que precisa ser escolhida e defendida todos os dias”, afirmou, lembrando que as universidades realizam a maior parte da pesquisa no país e são patrimônio do povo brasileiro. “Não permitam que digam inverdades sobre a universidade. Defendam-na no churrasco, nas redes sociais e, principalmente, nas urnas. A universidade pública transforma vidas, e essa transformação está diante de nós hoje.”
Fotos: Dicom/UNIFAL-MG