Colunista do Jornal UNIFAL-MG é o novo professor titular do Instituto de Ciências Humanas e Letras; Eloésio Paulo é o segundo docente promovido à classe E do Departamento de Letras

Atualizado em 5 de fevereiro de 2024 às 19:16

No último dia 15 ocorreu, na modalidade online, a banca para avaliação do trabalho apresentado pelo professor Eloésio Paulo, do Departamento de Letras do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), como requisito para a promoção à classe E, com denominação de professor titular. A classe é o topo da carreira docente nas universidades federais, sendo Eloésio Paulo o segundo nesse departamento a galgá-la; o primeiro foi Celso Ferrarezi Júnior, um dos integrantes da banca.

Presidida pela docente Marina Wolowski Torres (presidente da CPPD), a banca ainda contou com Maria Eugênia Boaventura, professora titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Antônia Torreão Herrera, professora emérita da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O trabalho avaliado tem 262 páginas e intitula-se “Guia crítico do romance brasileiro”; além de haver sido apresentado como tese inédita, segundo o autor, trata-se de um “projeto de livro praticamente pronto para publicação”, cuja parte principal é uma sequência de resenhas de 201 romances brasileiros dos séculos XIX e XX. “Esse conjunto compõem a essência desse gênero narrativo na literatura brasileira”, diz.

Coluna Montra assinada pelo Eloésio Paulo no Jornal UNIFAL-MG. (Imagem: Reprodução)

O Guia crítico pretende funcionar como uma orientação de leitura não para leitores especializados, mas para o público em geral. Sua última parte – cerca de um terço – foi desenvolvida na coluna Montra, mantida pelo professor há quase dois anos no Jornal UNIFAL-MG. A publicação de resenhas expandidas, avalia o autor, foi “outra espécie de laboratório” para o desenvolvimento da obra, já que o conjunto anterior de resenhas havia sido publicado num espaço bem reduzido, com o que “restou o trabalho de uniformizar tudo na forma de verbetes com praticamente o mesmo número de caracteres cada” (cerca de 2.600). Eloésio Paulo prevê a publicação da obra para o próximo ano.

“O maior impulso ganho com minha entrada na universidade foi minha própria obra literária”, destaca no resumo de sua trajetória inserido no final do volume, no qual frisa que apesar de isso não ter impedido o cumprimento de todos os requisitos de pontuação e variedade de desempenhos – avaliados em etapa anterior à banca. É que o autor, cuja entrada na carreira federal se deu em 2006 como professor de Língua Portuguesa e Metodologia da Ciência, já contava naquela época com uma obra razoável, mas a partir de 2008 publicou 11 livros, entre ensaios críticos sobre literatura, coletâneas de poemas e livros para crianças.

Segundo Eloésio Paulo, a principal consequência esperada de haver atingido o topo da carreira é “uma tranquilidade maior para continuar produzindo, pois a gente gasta muito tempo juntando provas de que produz, e isso agora passa a ser secundário na minha vida”. O docente é o quarto em sua unidade a tornar-se titular.

Visite a coluna Montra assinada pelo professor Eloésio Paulo no Jornal UNIFAL-MG

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