Projeto de extensão leva ciências forenses a escolas públicas de Alfenas: 2ª edição do CSI Mirim e 1ª edição do CSI Jovem envolvem mais de 50 estudantes da educação básica

Formatura simbólica dos participantes do projeto CSI Mirim e Jovem (Foto: arquivo do projeto)

Mais do que ensinar técnicas investigativas, o projeto de extensão CSI Mirim (2ª edição) e CSI Jovem (1ª edição), promovido pela Liga Acadêmica de Ciências Forenses (LACFor) da UNIFAL-MG, proporcionou, no primeiro semestre de 2025, uma experiência educativa para 56 estudantes do ensino público de Alfenas. A iniciativa, coordenada pela Profa. Alessandra Esteves e pelo Prof. Wagner Costa Rossi Júnior, ambos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), mobilizou estudantes da graduação em atividades teóricas e práticas em ciências forenses, promovendo o diálogo entre universidade e escolas públicas.

(Foto: arquivo pessoal)

O CSI nas salas de aula

Entre os dias 12 de março e 11 de julho de 2025, os encontros aconteceram de forma quinzenal em duas instituições de ensino: Escola Estadual Judith Vianna, com estudantes do 3º ano do Ensino Médio, e Escola Estadual Professor Levindo Lambert, com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental. As aulas foram realizadas em ambientes diversos – sala de aula, biblioteca e laboratório de ciências – sempre adaptadas ao conteúdo e à metodologia de ensino.

O projeto foi estruturado em dez módulos, abordando temas como papiloscopia, antropologia, toxicologia, documentoscopia, biologia forense, informática forense, medicina legal, genética forense e coleta de vestígios. As atividades foram planejadas com o uso de metodologias ativas, valorizando a integração entre teoria e prática de forma lúdica, participativa e interativa.

Antes do início das atividades com os estudantes, a equipe da LACFor passou por treinamentos, elaborou materiais didáticos e construiu, em conjunto com as escolas, o cronograma e os critérios de seleção dos participantes.

Mais de 50 estudantes participaram do evento de encerramento do projeto (Foto: arquivo pessoal)

Formatura simbólica

O encerramento do projeto ocorreu em 11 de julho de 2025, com uma formatura simbólica para os 56 estudantes participantes. A cerimônia contou com a presença do Reitor da UNIFAL-MG, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, do Pró-Reitor de Extensão e Cultura, Prof. Francisco Lopes Xarão, da diretora do ICB, Profa. Marisa Ionta, além de professores das duas escolas e familiares dos estudantes.

Durante o evento, os estudantes receberam certificados de participação, além dos laudos e pareceres desenvolvidos por eles ao longo das atividades, reforçando a vivência prática e o protagonismo estudantil na aprendizagem.

Sobre os projetos

O projeto CSI Mirim e CSI Jovem foi concebido com o intuito de estimular o interesse dos jovens pelas ciências forenses, demonstrando como disciplinas escolares – como biologia, química, física e geografia – são aplicadas em investigações criminais reais. Além de despertar vocações, a proposta buscou fortalecer o senso crítico, a curiosidade científica e a cidadania dos estudantes, promovendo reflexões sobre segurança pública, justiça e o papel da perícia criminal na sociedade.

Outro objetivo do projeto foi apresentar as carreiras forenses e policiais como possibilidades profissionais para o futuro dos participantes, aproximando o universo acadêmico de suas realidades.

Laura Viana (Foto: arquivo pessoal)

Além dos impactos positivos nas escolas, o projeto teve papel fundamental na formação dos discentes da UNIFAL-MG, que atuaram diretamente na sua execução. A acadêmica Laura Viana Miraglia, do curso de Biomedicina, relatou:

Participar do CSI Mirim tem sido uma experiência única e extremamente enriquecedora. Acredito que levar temas que normalmente não fazem parte da grade escolar desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, ao mesmo tempo em que amplia seus horizontes sobre áreas pouco exploradas. Assim como ensinamos, também aprendemos muito com eles. Essa troca constante é o que torna o projeto tão especial.”

Gustavo Tolentino (Foto: arquivo pessoal)

O estudante de Biomedicina Gustavo Henrique de Melo Tolentino reforçou: “Adorei a oportunidade de poder fazer parte da equipe executora dos projetos CSI Mirim e CSI Jovem. É sempre muito gratificante trabalhar com pessoas de fora da universidade, ainda mais jovens que gostam de assuntos forenses e chegam animados para participar das atividades. O ponto alto mesmo são as práticas: ver a energia de turmas unidas participando das dinâmicas não tem preço.”

Lívia Lourenço (Foto: arquivo pessoal)

Já a acadêmica de Odontologia Lívia Maria Moreira Lourenço destacou o potencial do projeto para despertar vocações: “Participar do Projeto CSI Jovem foi uma experiência muito proveitosa e diferente para mim, tendo em vista a faixa etária do público. Ver o interesse dos alunos por temas tão diferentes do habitual foi extremamente gratificante. Projetos como esse têm um impacto real, tanto na formação dos membros da LACFor quanto na vida dos estudantes das escolas participantes. Sou grata por ter feito parte e espero que o projeto continue crescendo.”

Também integram a equipe da LACFor os discentes: Gabriela Soldera Cabrini, Ilíada Vieira Affonso, Isabella Bastos Reis (Presidente da LACFor), Júlia Figueira Cândido, Lorrany Romero de Oliveira, Luís Felipe Marques Lima (Vice-presidente da LACFor), Maria Clara Muniz Belon, Maria Eduarda do Vale Uliniki Teixeira e Mariana Melo Frade de Araújo.

Outras notícias sobre o projeto CSI: https://jornal.unifal-mg.edu.br/projeto-csi-mirim-da-unifal-mg-usa-tecnicas-e-metodologias-aplicadas-em-investigacoes-criminais-para-promover-seguranca-publica/

Fotos: arquivo pessoal dos integrantes do projeto

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