Diana Gabaldon, nascida em 1952, no estado do Arizona, EUA, formou-se em Zoologia e Biologia Marinha e obteve um doutorado em Ecologia. Sua transição como escritora foi algo totalmente inesperado, quando decidiu escrever como um exercício para melhorar sua performance na escrita. Esse experimento resultou em Outlander, seu primeiro livro, que rapidamente se tornou um sucesso internacional. Diana também participou como coprodutora da adaptação da série literária para a TV.
Outlander é um romance histórico que combina aventura, ação e ficção científica. A trama se passa em 1945, quando Claire Randall (Caitriona Balfe), uma enfermeira inglesa, está de férias na Escócia aproveitando a lua de mel com seu marido Frank (Tobias Menzies). Durante uma visita ao círculo de pedras de Craigh na Dun, Claire é misteriosamente transportada para o ano de 1743. Presa em meio a guerras e conflitos entre os clãs escoceses com soldados ingleses, Claire precisa usar de suas habilidades médicas para sobreviver em meio ao caos. É assim que conhece Jamie Fraser (Sam Heughan), um honrado guerreiro escocês que rapidamente a cativa. Dividida entre sua vida real no futuro com Frank e o amor que cresce por Jamie, Claire enfrenta grandes desafios não só emocionais mas também físicos enquanto tenta entender a passagem e seu lugar no tempo. Claire se vê em um cenário brutal e confuso, onde é obrigada a conviver com os clãs escoceses e acaba casando-se com Jamie, o relacionamento inicialmente forçado entre os dois, torna-se um amor profundo, fazendo o casal superar de tudo e mais um pouco para ficarem juntos.
Este best-seller se destaca pela riqueza de detalhes históricos, que retratam a Escócia do século XVIII, o que representou a Batalha de Culloden, com precisão e complexidade dos personagens perante temas como, lealdade, sacrifício e tortura. Diana Gabaldon propõe como escolhas pessoais moldam nossas vidas e também destaca o papel de uma mulher forte e moderna. Temos que considerar que a série foi baseada nos livros, em 2012 o canal Starz adquiriu os direitos autorais para transformar a coleção em série de TV, por este motivo, é indispensável dizer que nem tudo que está nos livros dá para trazer às telas. Contudo, encaixa-se aos padrões de uma boa obra digna de prender à atenção dos espectadores, com um roteiro maravilhoso, o casal principal tem muita química, algo que não envolve só o desejo carnal mas também o destino que os une de várias formas diferentes, com uma fotografia e figurinos impecáveis que remetem àquela época, a trilha sonora que combina perfeitamente com a trama, The Skye Boat de Bear McCreary, deixando tudo ainda mais fabuloso. Por outro lado, nem todos podem se agradar com Outlander, pois no desenrolar da história contém fortes cenas que envolvem extrema violência e abuso sexual, é recomendado para um público que se interesse por guerras, obras de época no geral e deseja ter uma experiência literária poderosa.
Paratexto editorial Resenha Crítica, produzido no âmbito da disciplina “Introdução à Editoração”, ministrada pela professora Flaviane Faria Carvalho, em parceria com os projetos +Ciência (FAPEMIG/UNIFAL-MG) e Laboratório de Estudos Editoriais (PROEC/UNIFAL-MG).
Nágila Nágila Adelvia Vieira Bento é estudante do 2º período do curso de Letras/Bacharelado em Língua Portuguesa da UNIFAL-MG.
Naiara Rosa Pereira é estudante do 2º período do curso de Letras/Bacharelado em Língua Portuguesa da UNIFAL-MG.
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