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UNIFAL-MG oferece curso gratuito de formação para profissionais de saúde sobre abordagem no atendimento à mulher em situação de violência

Imagem de mulher sendo atentida. (Foto: Freepik)

A UNIFAL-MG, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) Subseção Alfenas, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) e o Centro de Referência Especializado no Atendimento à Mulher (CREAM), oferece o curso “Formação de Profissionais da Saúde: Abordagens no atendimento à mulher em situação de violência”. Gratuitos e abertos a toda a comunidade, os encontros acontecem a partir do dia 28 de junho, no campus sede da UNIFAL-MG, e contam com emissão de certificado de extensão universitária.

Com a proposta de promover articulação entre os diferentes equipamentos das áreas da Saúde, Serviço Social, Direito, o curso objetiva a aproximação dessas diferentes áreas com as instituições educacionais para a implementação dos serviços iniciais em situações de violência contra a mulher e meninas. A atividade presencial é dividida em cinco módulos de 4 horas de duração, realizados mensalmente, totalizando 20h.

“Além dos encontros presenciais, serão contabilizadas dez horas para a dispersão dos temas tratados e duas horas para o encontro de encerramento. Ao final, o curso terá contabilizado um total de 32 horas de atividades formativas”, explica a coordenadora representante do curso na UNIFAL-MG,  Profa. Débora Felício Faria, docente do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).

Conforme informado pela coordenação do curso,  os encontros irão acontecer da seguinte forma:

(Cronograma elaborado pela equipe organizadora e diagramado pela Dicom.)

Segundo a organização, o estudo de casos do módulo 4 objetiva a elaboração de protocolos e de um fluxograma de atendimento a serem submetidos à avaliação da rede. Caso sejam aprovados, os documentos passarão a fazer parte da política de atendimento adotada pelos setores envolvidos.

A criação do curso, conforme esclarecido pela professora Débora Felício, partiu do desdobramento de reflexões realizadas, ao longo dos anos, no interior da Rede de Mulheres de Alfenas. “Sempre nos incomodou o fato de termos um grupo tão ativo no enfrentamento à violência contra mulher, mas, por atuarmos de forma individualizada, ainda não possuímos um fluxo e protocolo definido para o atendimento, gerando situações que potencializam o sofrimento de mulheres em situação de violência, como a ‘revitimização”, quer dizer, a cada abordagem esta mulher precisa reviver toda dor sofrida”, conta.

A docente destaca a importância dos setores da saúde como os primeiros a acolher um grande número de casos, enfatizando também sua capacidade de estabelecer vínculos para identificar fatores de risco antes dos eventos críticos e assim atuar preventivamente. “Precisamos desenvolver um protocolo de atendimento que fortaleça a rede de apoio à mulher. Esse é nosso propósito”, pontua a docente.

Para o grupo, além da necessidade da definição de um protocolo de atendimento e do fluxograma de ações, há outros desafios encontrados na abordagem da temática, como a ausência de clareza da violência em si e das dimensões potencializadoras, tanto por parte das mulheres em situação de violência, quanto do setor de saúde, uma vez que a ausência de políticas públicas e falta de compreensão da violência em si contribuem para o seu aumento. “É preciso assegurar a oferta de serviço qualificado e a articulação entre os equipamentos se mostra uma estratégia favorecedora para este fim”, complementa a equipe.

No intuito de medir e divulgar os resultados alcançados pela iniciativa, a organização está trabalhando a ideia de ‘dispersão dos conhecimentos desenvolvidos’, executada durante o módulo transversal. Este método visa permitir aos cursistas a multiplicação das informações desenvolvidas e a apresentação de um ‘feedback’ das experiências desenvolvidas no exercício da profissão, no intervalo entre um encontro e outro.

A atividade faz parte da extensão universitária da UNIFAL-MG e conta com a participação de representantes de diversas instituições, como Anete Perrone (CREAM), Frederico Araújo Carvalho (5ª Promotoria de Justiça), Helaine Faria (Comissão de apoio às mulheres em situação de violência da OAB-MG), Larissa Goulart (CRDH), Marcelo Santos (Guarda Municipal), sargento Fábio Xavier e soldada Marcela Carvalho (Prevenção à Violência Doméstica/PPVD), Thaila Brasileiro (coordenadora de Vigilância em Saúde – Secretaria de Saúde), entre outros.

Para se inscrever basta acessar o Sistema CAEX da UNIFAL-MG neste link.

(Imagem destaque: mulher sendo atentida por outra mulher. Foto/Freepik)

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