A UNIFAL-MG realizou o evento “Promoção do Letramento em Saúde LGBTQIAPN+”, por meio do projeto de extensão “Vigilância em Saúde e Integralidade da Atenção à População LGBTQIAPN+ na Atenção Primária à Saúde (APS)”, para a implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS). A atividade, coordenada pelas professoras Patrícia Scotini Freitas e Simone Albino da Silva, ambas da Escola de Enfermagem da UNIFAL-MG, foi idealizada diante do nível elevado de LGBTfobia, encontrado nos serviços públicos de saúde, marcado pela fragilização, discriminação e preconceito.
A iniciativa surge a partir de uma solicitação da Secretaria Municipal de Saúde para os profissionais do ambulatório São Vicente e do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do município, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e recepcionistas. O evento teve como objetivo contemplar a saúde, o bem-estar, a igualdade de gênero e a redução das desigualdades. A atividade aconteceu no dia 15 de maio, no campus Sede, em Alfenas.
De acordo com a professora Patrícia Scotini, a busca tardia por serviços de saúde pode ocasionar prejuízos a esta população, que muitas vezes só procura assistência em último caso, após conviver por longos períodos com sinais e sintomas, sem buscar ajuda devido ao tratamento inadequado recebido nos serviços de saúde. É enfatizado que situações como essas poderiam ser evitadas com acolhimento e tratamento eficazes na APS.

A temática foi discutida por meio do diálogo e troca de saberes e experiências, a partir da interação dos(das) participantes como ferramenta essencial para mostrar uma visão completa de todas as áreas, além da construção de parcerias. Na ocasião, as professoras Patrícia Scotini e Simone Albino, ministraram a palestra “Acolhimento, humanização e os determinantes sociais do processo saúde-doença da população LGBTQIAPN+”.

Segundo Patrícia Scotini, espera-se que, com o evento, os conhecimentos acerca do assunto tenham sido atualizados e que reflexões, baseadas na discussão das ideias, tenham sido feitas. “Presume-se, que o desenvolvimento de competências e habilidades para proteger o direito dessas pessoas em diversos cenários tenha sido completo e suficiente para promover a saúde, o bem-estar, a igualdade de gênero e a redução das desigualdades”, finaliza.