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UNIFAL-MG vai desenvolver projeto de valorização das trabalhadoras do SUS para o enfrentamento das diversas formas de violência e discriminação

Por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas, a UNIFAL-MG irá desenvolver um projeto que visa qualificar a integração ensino-serviço-comunidade, a fim de contribuir para a criação e a ampliação das condições necessárias ao exercício da valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, considerando a equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências

Profa. Sueli Leiko Takamatsu Goyatá (Escola de Enfermagem) – coordenadora do projeto. (Foto: Arquivo Pessoal)

Conforme a professora Sueli Leiko Takamatsu Goyatá, da Escola de Enfermagem da Universidade, coordenadora da proposta, o projeto PET-Saúde Equidade é um desdobramento do Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS). Tal programa foi lançado em março de 2023 como uma ação pioneira da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde (MS).

“Diante do fato de que as mulheres representam a maioria da força de trabalho da saúde, este projeto se justifica pela necessidade urgente de unir forças para o enfrentamento das diversas formas de violência e discriminação das trabalhadoras do SUS em busca da valorização e respeito à dignidade e à diversidade humana”, afirmou.

A proposta foi elaborada por docentes da UNIFAL-MG em parceria com a gestão municipal de Alfenas e aprovada pelo Edital N° 11 de 16 de novembro de 2023. Estão previstas bolsas para 62 participantes, incluindo docentes (coordenadores tutores e tutores), estudantes, profissionais de saúde (preceptores) e trabalhador de saúde (orientador de serviço).

Os envolvidos deverão atuar em três eixos de trabalho com cinco equipes, conforme explica a professora Eliane Garcia Rezende, da Faculdade de Nutrição, e uma das docentes do projeto. O primeiro eixo está voltado para a valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, deficiências e as interseccionalidades no trabalho na saúde.

No segundo eixo, está prevista a valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, saúde mental e as violências relacionadas ao trabalho na saúde. “O terceiro eixo de trabalho diz respeito ao acolhimento e valorização das trabalhadoras e trabalhadores e futuras trabalhadoras e trabalhadores da saúde no processo de maternagem, acolhimento e valorização de mulheres, homens trans e outras pessoas que gestam”, informou.

Evento marcou a abertura das atividades no dia 2 de maio. (Foto: Arquivo/Coordenação)

Para dar início às atividades, a coordenação realizou um evento de abertura no dia 2 de maio, com o objetivo de apresentar a proposta aprovada pelo Ministério da Saúde à comunidade universitária e aos integrantes da equipe. “Após apresentação do projeto a ser executado, as cinco equipes se reuniram para se conhecerem, e iniciaram a discussão sobre o planejamento das atividades”, contou a professora Eliane Rezende.

O encontro contou com a presença do vice-reitor, o professor Alessandro Antônio Costa Pereira; da pró-reitora adjunta de Graduação, a professora Roberta Seron Sanches; da diretora da Escola de Enfermagem, a professora Cristiane Aparecida Silveira Monteiro; da representante da Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas, Walquiria Valentina Alves, e da coordenadora do projeto, a professora Sueli Leiko Takamatsu Goyatá.

Na oportunidade, a pró-reitora adjunta de Graduação destacou a importância do projeto. “O projeto vem promover ações de conscientização, acolhimento, de enfrentamento e de valorização das trabalhadoras, propondo, inclusive, reflexão sobre as políticas públicas municipais”, falou durante o pronunciamento. “É importante salientar que o projeto PET- Saúde está em sua 11ª edição e a Universidade vem marcando uma trajetória de projetos aprovados no programa, inclusive obtendo colocação de destaque neste edital: 29º entre 150 projetos aprovados”, destacou.

Integrantes das cinco equipes se reuniram para planejarem as atividades. (Foto: Arquivo/Coordenação)

Ao longo de 24 meses, serão desenvolvidas ações educativas junto aos trabalhadores e trabalhadoras da Atenção Primária à Saúde (APS), o que contribuirá para a formação dos futuros e atuais profissionais, no fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade-gestão e no enfrentamento das desigualdades e iniquidades que atingem estas trabalhadoras e futuras trabalhadoras e trabalhadores. “Serão realizadas pesquisas diagnósticas das demandas do setor; realização de cursos, oficinas temáticas, atividades vinculadas à saúde mental e ao uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)”, contou a professora Eliane Rezende.

Além disso, estão previstas também campanhas para o enfrentamento do machismo cultural e racismo, violência contra as mulheres, preconceito e discriminação em relação ao etarismo, LGBTQIAPN+, capacitismo nos serviços da APS.

Os participantes também serão integrados em ações de ensino-aprendizagem e educação permanente voltadas para a equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, direitos humanos e etnia com vistas à garantia de ambientes de trabalho seguros e não violentos. Outras atividades devem envolver práticas formativas e educação permanente sobre a maternagem, parto e puerpério, climatério, menopausa e envelhecimento para as trabalhadoras, mulheres cis, trans, travestis, homem trans, pessoas que gestam; dentre outras atividades na temática.

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