O estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da UNIFAL-MG, Albert Katchborian Neto conquistou o prêmio de melhor apresentação oral na área de metabolômica durante o 6º Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Proteômica e Summit Brasileiro de Metabolômica. O evento, que reuniu especialistas e pesquisadores da área, foi realizado na Universidade de São Paulo (USP) entre os dias 16 e 19 de setembro de 2024.
A pesquisa premiada, intitulada “Marcadores bioativos anti-inflamatórios de Ocotea (Lauraceae) descobertos através da metabolômica UPLC/MS-NMR concatenada”, desenvolvida sob a orientação da professora Daniela Aparecida Chagas de Paula, explorou o potencial anti-inflamatório do gênero Ocotea, conhecido na medicina tradicional por suas propriedades bioativas. Albert Katchborian explica que a escolha pela Ocotea foi motivada pela “incrível diversidade química” presente em produtos naturais, moldados ao longo de milhões de anos. “Essas plantas, além de produzir óleos essenciais incríveis, possuem substâncias químicas com grande potencial terapêutico”, destacou.
Segundo o pesquisador, o diferencial do estudo foi o uso de tecnologias modernas de Metabolômica, combinando espectrometria de massa, ressonância magnética nuclear e aprendizado de máquina para identificar compostos de forma rápida, precisa e sustentável. “Foi possível caracterizar moléculas com potencial anti-inflamatório e, ao mesmo tempo, propor uma metodologia que reduza os custos e os impactos ambientais, demonstrando que a ciência moderna pode caminhar junto com a conservação da biodiversidade”, afirmou.
Apresentar o trabalho em um evento de grande impacto foi, para ele, uma experiência gratificante. “Estar cercado de pesquisadores envolvidos e receber o prêmio foi emocionante, mas isso só foi possível graças ao apoio contínuo da minha orientadora, Profa. Daniela Chagas, e das professoras Marisi Gomes e Danielle Dias. Esse reconhecimento é resultado de um trabalho em equipe no Laboratório de Fitoquímica, Química Medicinal e Metabolômica (LFQMM) da UNIFAL-MG”, declarou o estudante.
Para a orientadora da pesquisa, Profa. Daniela Chagas, a premiação é um reflexo do trabalho realizado em grupo. “Todos os nossos prêmios e produções são resultado de um trabalho em grupo, coordenado por mim e pelas professoras Marisi e Danielle, além do PPGQ, que tem exercido importante papel na pesquisa interdisciplinar, com competitividade e impacto internacional, resultado da dedicação de seu corpo docente e discente!”
Albert Katchborian salienta que o prêmio reforça a importância de integrar o estudo da biodiversidade brasileira com abordagens tecnológicas avançadas para enfrentar desafios reais. Além disso, fortalece a imagem da UNIFAL-MG como uma Instituição de ponta na pesquisa científica. “Nossa pesquisa mostra que a Universidade está conectada a necessidades globais, como a busca por novas substâncias terapêuticas, e promove a conscientização sobre a conservação ambiental e a preservação dos ecossistemas”, comentou.
Quanto aos próximos passos, o pesquisador planeja aprofundar os estudos com a caracterização mais completa dos compostos bioativos e explorar os mecanismos de ação anti-inflamatórias da Ocotea. “Esses conhecimentos podem, no futuro, contribuir para o desenvolvimento de novos protótipos de medicamentos e reforçar a importância de conservar nossa biodiversidade, o que é essencial para garantir o acesso a essas ‘bibliotecas de livros ainda não lidos da natureza’, como já disse o professor Otto R. Gottlieb.”
Além de um avanço pessoal na trajetória dos pesquisadores, a conquista do prêmio representa um marco para a UNIFAL-MG, que se destaca no cenário acadêmico nacional pela excelência e inovação científica. “Esse prêmio reforça que a UNIFAL-MG está na linha de frente da pesquisa científica no Brasil, especialmente na área de química de produtos naturais”, comenta.
Para o autor da pesquisa, o estudo metabolômico no gênero Ocotea mostra que a Universidade não apenas contribui para expandir as fronteiras do conhecimento, mas também está conectada às necessidades globais. “A busca por novas substâncias terapêuticas bioativas, ao mesmo tempo que promove a conscientização sobre a importância da conservação ambiental, promove também a preservação dos ecossistemas e, consequentemente, da nossa biodiversidade”, finalizou Albert Katchborian.
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