Emoção é a palavra que marcou a colação de grau dos formandos da UNIFAL-MG do campus Alfenas, realizada no dia 29/08, no Alfenas Tênis Clube. Ao todo, foram 158 profissionais formados pela Instituição, entre cursos de Biomedicina, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura), Ciências Sociais (Bacharelado e Licenciatura), Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Geografia (Bacharelado e Licenciatura), História (Licenciatura), Letras (Licenciatura), Nutrição, Pedagogia e Química (Bacharelado).
A cerimônia, que foi conduzida pelo reitor da UNIFAL-MG, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, contou com a participação de representantes docentes e das coordenações dos cursos, bem como de familiares e de amigos dos graduandos.
Acompanhado dos demais colegas, o formando em Biotecnologia Arthur Ouro Preto confirmou os votos baseados nos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, destacados no artigo 3º da Constituição Federal.
Após o juramento, o reitor da Universidade conferiu os graus de licenciados e bacharel aos estudantes presentes na cerimônia. Em seguida, a biomédica Nariany Renata Mateus de Oliveira se posicionou para receber o capelo das mãos do reitor e os estudantes receberam os certificados entregues pelos coordenadores de cada curso.
Para a entrega do certificado à enfermeira Diovanna Rocha de Souza, foi convidado o seu avô, que foi colaborador da UNIFAL-MG por 28 anos e é recém aposentado pela instituição, o senhor Benedito Raimundo. A profissional se emocionou ao receber o certificado das mãos do avô.
A fisioterapeuta Fernanda de Andrade Flausino também recebeu o certificado de formatura de uma pessoa importante para a trajetória dela como estudante, o seu pai, senhor Vanderlei Donizetti Flausino, servidor da UNIFAL-MG.
Como forma de iniciar os pronunciamentos, o enfermeiro Waldecy Lopes Júnior cumpriu o papel de orador da turma, salientando as dificuldades e conquistas enfrentadas pelos estudantes de ensino superior. “Cada um de nós é uma peça valiosa no quebra-cabeça da transformação social. Que possamos honrar nossa trajetória acadêmica ao trabalhar para construir um futuro onde a educação seja uma luz guia para todos”, pronunciou.
Na oportunidade, o orador destacou o sentimento de pertencimento à Universidade. “Sigamos com imenso orgulho em sermos UNIFAL-MG, erguendo a bandeira da ciência, da defesa da educação pública com qualidade e da democracia, sabendo que em nossas mãos repousa a capacidade de fazer a diferença nas vidas de cada uma das pessoas com as quais partilharemos nossa relação profissional”, partilhou o profissional.
A farmacêutica Ruth Viana Souza pronunciou a mensagem aos pais dos formandos, como agradecimento pela companhia dos familiares aos estudantes, mesmo que de longe. “Como definir a sensação de passar uma semana longe de casa e, aos finais de semana, encontrar aqueles que nos davam forças para voltar e continuar a trilhar a caminhada que escolhemos seguir durante esses cinco anos ou mais? Eram eles que estavam ali nos incentivando e nos apoiando nos momentos bons ou ruins”, salientou.
Aos professores, a licenciada em Letras Luana Bruno da Silva Bellini Ramos prestou homenagem. A profissional levou o poema “O Elefante” do escritor Drummond e, por meio da metáfora, ilustrou a relação de professores e alunos durante o processo da graduação.
“Obrigada por segurarem nossas mãos, por estarem do nosso lado na caminhada universitária, por nos mostrarem que não estamos sozinhos, por nos apontarem que coletivamente é que podemos construir pontes e “elefantes” (como diria Drummond) que, diante das dificuldades, estão prontos para recomeçar, recomeçar e recomeçar. Obrigada, pois, só por serem professores, vocês já nos ensinam a ter esperança”, agradeceu a licenciada.
Aos novos profissionais, o coordenador do curso de História Licenciatura, Prof. Walter Francisco Figueiredo Lowande, deixou uma reflexão. “O mundo que espera vocês também desafia a nós, professores(as), a repensarmos nossas práticas e prioridades. Ciências Humanas e Exatas, reflexão crítica e inovação tecnológica, tudo isso precisa dialogar se quisermos prolongar um pouco mais a sobrevivência da nossa própria espécie nos anos e séculos vindouros”, aconselhou o docente.
Na oportunidade, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Profa. Vanessa Bergamin Boralli Marques, salientou o papel das universidades públicas no desenvolvimento das pesquisas, principalmente no contexto de pandemia. A docente também destacou as oportunidades de cursos de pós-graduação oferecidos pela Universidade, aos profissionais interessados em aprofundar na área.
O reitor da Universidade, prof. Sandro Amadeu Cerveira, salientou os três pilares da universidade pública –ensino, pesquisa e extensão – e frisou a relevância do engajamento do discente com cada um deles. Em seu discurso, Sandro Cerveira também destacou a importância do trabalho conjunto dos servidores, técnicos-administrativos e terceirizados, no funcionamento da educação pública, gratuita e de qualidade oferecida pela Instituição. “A terceirização tem nome e sobrenome. São nossos colegas que constroem a Universidade junto com as técnicas e os técnicos, conosco, os docentes, e com vocês estudantes”, finalizou.
Superação e Acolhimento
Superação e acolhimento são palavras que definem as experiências contadas pelos graduados na tarde do dia 29. Aos 63 anos, Maraisa de Paula Silva, graduada Geografia Bacharelado, conta que esperou os dois filhos mais velhos se formarem para realizar seu sonho de cursar o ensino superior.
“Não foi fácil porque antigamente, quando eu tinha idade para estudar, o estudo não era valorizado. A minha mãe nunca me incentivou a estudar, muito pelo contrário, quando eu estava fazendo o supletivo, ela disse para mim ‘para que você vai estudar?’ e eu disse que para alguma coisa iria servir um dia. E serviu, porque eu consegui entrar na Universidade, era um sonho meu”, disse. “De 14 irmãos que eu tenho, eu sou a única que fez uma graduação”, se orgulha a geógrafa.
Ela menciona que, independentemente de sua idade, foi muito bem acolhida pela comunidade universitária. “Eu entrei com 58 anos e os outros alunos tinham 16, 17 anos, mas eu fui muito bem acolhida, tanto pelos alunos quanto pelos professores, principalmente pelo meu orientador, prof. Flamarion Dutra Alves”. Maraisa tem dois filhos já graduados pela UNIFAL-MG e sua filha mais nova cursa o 6º período de Ciências Biológicas também na Instituição.
Outra história de superação e acolhimento é a de André Luís da Silva, licenciado em Letras pela Universidade. O profissional conta que foi a primeira pessoa de sua família a ter uma graduação. “A Unifal foi muito mais do que uma universidade pública para mim, foi um lar que me acolheu”, destaca.
Na oportunidade, o graduado destacou a importância dos três pilares da universidade e da assistência estudantil para a continuidade da realização de um sonho. “A Universidade não apenas me proporcionou conhecimento intelectual, mas também me apoiou com projetos, bolsas, assistência social e acadêmica. Sou eternamente grato por tudo que recebi durante esse tempo”, agradeceu.
Confira, abaixo, as fotos deste dia.
(Fotos: arquivo/Dicom)