Em balanço de ações implementadas na área de Pesquisa e Pós-Graduação, equipe de gestão fala sobre avanços e perspectivas; “Agora é chegada a fase de consolidação e maturidade”, afirma a pró-reitora

Gestores da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIFAL-MG: o professor Luiz Felipe Leomil Coelho – pró-reitor adjunto e coordenador de Pesquisa; a professora Vanessa Bergamin Boralli Marques - pró-reitora, e a professora Fernanda Borges de Araújo, coordenadora de Pós-Graduação. (Foto: Arquivo/Dicom)

Para promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na Universidade, fortalecer os programas de pós-graduação e incentivar que o conhecimento produzido pela comunidade universitária contribua para a melhoria da qualidade de vida da população, a UNIFAL-MG conta com a atuação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, a PRPPG.

Em mais uma entrevista que apresenta um balanço das ações realizadas no ano de 2022 e apresentadas no Relato Integrado, a equipe de comunicação conversou com os gestores da área.

No bate-papo, a professora Vanessa Bergamin Boralli Marques – pró-reitora de Pesquisa e Pós-Gradução; o professor Luiz Felipe Leomil Coelho – pró-reitor adjunto e coordenador de Pesquisa, e a professora Fernanda Borges de Araújo, coordenadora de Pós-Graduação, falaram sobre avanços, como a implementação da política de descentralização dos recursos institucionais e da política de ações afirmativas.

A equipe gestora também falou sobre os reajustes das bolsas por parte das agências de fomento e a estratégia para equalizar os valores concedidos às bolsas institucionais para iniciação científica, mestrado e doutorado. Além disso, comentou a respeito de metas já atingidas no plano de ações e falou das perspectivas de gestão.

“Após uma grande expansão, consequência do Reuni, aumento do número de docentes pesquisadores, e dos grupos de pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento, agora é chegada a fase de consolidação e maturidade”, destacou a professora Vanessa Marques.

Confira a seguir:


Entre as conquistas da Pesquisa e Pós-Graduação em 2022, o Relato Integrado aponta a descentralização dos recursos institucionais para os programas de pós-graduação. Como foi feita essa distribuição e de que forma a transferência da gestão dos recursos pode ser positiva para o desenvolvimento da área na Instituição?

Profa. Vanessa Marques – pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação. (Foto: Arquivo/Dicom)

Profa. Vanessa Marques: Todo o recurso institucional concedido para a pós-graduação é descentralizado e o modelo de distribuição é apresentado e aprovado em reunião da Câmara de Pós-Graduação. O modelo seguiu em 2022 os valores de PROAP [Programa de Apoio à Pós-graduação] concedidos pela Capes para cada programa, que considera basicamente o número de alunos matriculados e as áreas dos programas. Os programas em rede/multicêntrico também receberam, baseado no número de alunos. Mesmo os programas profissionais, que não recebem PROAP da Capes também recebem parcela de recurso institucional. A distribuição é positiva pois cada programa, dentro dos dispêndios permitidos, pode concentrar suas ações no que for mais necessário e importante ao seu próprio desenvolvimento.

No ano de 2022, a UNIFAL-MG implantou o sistema de cotas em cursos de mestrado e doutorado. Como foi a primeira experiência de inclusão no contexto institucional em relação à oferta, procura e efetivação das cotas?

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“Em menos de um ano, conseguimos dobrar o número de ingressantes por meio das cotas”, diz a coordenadora de Pós-Graduação, a professora Fernanda Araújo.[/perfectpullquote]

Profa. Fernanda Araújo: A primeira matrícula de discente que ingressou por meio do sistema de cotas ocorreu em agosto de 2022 e de lá para cá, temos 26 alunos matriculados, que ingressaram em diferentes programas de pós-graduação, por meio de vagas reservadas para ações afirmativas. Dentre estes, 17 ingressaram em 2023/1, o que pode ser o resultado do aumento da procura e também da oferta de vagas reservadas para esta finalidade. Em menos de um ano, conseguimos dobrar o número de ingressantes por meio das cotas. Assim, a experiência tem sido satisfatória e estes números demonstram que estamos caminhando no sentido certo.

Profa. Fernanda Araújo – coordenadora de Pós-Graduação. (Foto: Arquivo/Dicom)

Sabemos que muitos desafios ainda precisam ser vencidos no Brasil em relação a inclusão, mas é bom saber que a UNIFAL-MG está conseguindo oferecer a sua contribuição para que a pós-graduação seja mais inclusiva. Para a efetivação, no primeiro momento, foi necessário realizar algumas alterações na tramitação dos processos relacionados à seleção dos candidatos para atender ao que está disposto na Resolução Consuni nº 49, de 2 de maio de 2022 e nos editais dos processos seletivos. Porém, hoje, o sistema de inscrições da UNIFAL-MG já está adaptado para realizar todas as etapas do processo seletivo e de análise das ações afirmativas. Para isso, contamos com uma equipe de trabalho que envolveu a PRPPG, DIPS, DRGCA e NTI.

Sabemos que muitas pessoas desejam se qualificar, mas a necessidade de se dedicar integralmente aos estudos dificulta a realização desse desejo. Quais ações têm sido implementadas para garantir amparo a acadêmicos com vulnerabilidade socioeconômica? Existe alguma perspectiva de mais investimento em bolsas institucionais ou pelas agências de fomento para 2023 e 2024?

Prof. Luiz Felipe Coelho: Neste ano de 2023, os valores de bolsas  foram reajustados pelas agências, pois estavam defasados por muito tempo. Como decisão de gestão, conseguimos equiparar os valores das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, pagas com recurso institucional. Porém, sabemos, que, infelizmente, o número de cotas de bolsas das agências de fomento e as cotas de bolsas pagas com os recursos institucionais não são suficientes para suprir a demanda. 

Prof. Luiz Felipe Coelho – pró-reitor adjunto e coordenador de Pesquisa. (Foto: Arquivo/Dicom)

Profa. Vanessa Marques: Há mobilização por parte dos fóruns de pró-reitores e Andifes de que os recursos PNAES [Plano Nacional de Assistência Estudantil] possam também ser concedidos a alunos da pós-graduação. Institucionalmente, para a iniciação científica e tecnológica voluntária, a carga horária prevista em normativa é menor, e podem acontecer até três períodos de intermitência,e a vigência total é de 24 meses, prevendo as dificuldades que podem acontecer com a conciliação de atividades (Resolução CEPE nº 07, de 14 de maio de 2021 – artigo 17). Ainda ressalta-se que para os editais de ações afirmativas, tanto discentes de graduação quanto ingressantes em mestrado e doutorado, a política institucional prevê além da reserva de vagas, a reserva de cotas de mestrado.

Em relação às metas para Pesquisa e Pós-Graduação, três programas de pós-graduação obtiveram conceito 5 em 2022, antes do período previsto no plano de ações, que seria ao menos um programa conseguir o conceito 5 até o ano de 2025. Esse resultado altera de alguma forma o plano de ações, na busca por aumentar a qualidade dos demais programas? Caso sim, qual é a atuação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação nessa busca?

[perfectpullquote align=”left” bordertop=”false” cite=”” link=”” color=”” class=”” size=”16″]”Há a intenção de avanço de mais programas, estamos com duas propostas de doutorado enviadas”, afirma a professora Vanessa Marques, pró-reitora.[/perfectpullquote]

Profa. Vanessa Marques: Não alteramos de forma alguma o trabalho ou a concessão de recursos. Várias metas já foram atingidas, tanto para o stricto quanto para o lato sensu, mas os grupos de docentes, discentes, alunos e unidades acadêmicas continuam trabalhando com apoio da PRPPG. Há a intenção de avanço de mais programas, estamos com duas propostas de doutorado enviadas (uma em rede e outra somente institucional). Além disso, podemos citar outras ações que impactam positivamente no processo de consolidação e fortalecimento dos programas de pós-graduação. Dentre essas, podemos citar a contratação de professor visitante para os programas, mantida de forma contínua, e a assinatura de uma plataforma – utilizando os recursos do PROAP destinado à PRPPG – para avaliação e acompanhamento da performance dos programas de pós-graduação da UNIFAL-MG no decorrer das quadrienais, conforme critérios utilizados pelas áreas de avaliação da Capes. 

Outro destaque dos resultados de 2022 diz respeito ao aumento de 1% no volume de investimentos em bens de capital para pesquisa ao ano. Qual é a política de gestão adotada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação que tem possibilitado o aumento dos investimentos em bens de capital, mesmo diante dos desafios dos cortes orçamentários?

Profa. Vanessa Marques: Temos prospectado editais externos de fomento e enviado propostas institucionais a todos editais e chamadas elegíveis. Os pesquisadores da Instituição também estão atentos a todos os editais e chamadas publicadas pelas agências, enviando propostas individuais, além da busca de recursos junto à iniciativa privada. Ainda, há o trabalho da Reitoria junto às bancadas de deputados estadual e federal buscando recursos, para tentar manter ou ampliar nosso parque de equipamentos, frente aos cortes, bem como a desvalorização do real, uma vez que a maioria dos equipamentos é importado.

A pesquisa se posiciona como espaço fundamental para a interação com a sociedade e na transformação da realidade. Quais ações a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação tem desenvolvido para alavancar a pesquisa integrada à extensão na UNIFAL-MG?

Prof. Luiz Felipe Coelho: Vários docentes da UNIFAL-MG têm submetido propostas aos editais das agências de fomento que visam financiar projetos com interface em pesquisa e extensão. Recentemente, foram aprovadas nove propostas de pesquisadores no edital Chamada FAPEMIG 011/2022 – Apoio a projetos de extensão em interface com a pesquisa. Sabendo da importância em se induzir pesquisas que possuem interface com a extensão, a PRPPG e a PROEC, estão trabalhando para a confecção de um edital institucional que irá fomentar esse tipo de ação, para o próximo ano.

Atualmente, quais são os números mais expressivos da pós-graduação da UNIFAL-MG?

[perfectpullquote align=”right” bordertop=”false” cite=”” link=”” color=”” class=”” size=”16″] “O grande número de avanço da UNIFAL-MG é o número de cursos oferecidos, em tão pouco tempo, desde a criação do primeiro curso de mestrado em 2005, em Ciências Farmacêuticas. Hoje em 2023, temos 25 diferentes programas, dentre os próprios  e as redes/multicêntricos que participamos, com 34 cursos de mestrados e doutorados”, aponta a pró-reitora.[/perfectpullquote]

Profa. Vanessa Marques:  O grande número de avanço da UNIFAL-MG é o número de cursos oferecidos, em tão pouco tempo, desde a criação do primeiro curso de mestrado em 2005, em Ciências Farmacêuticas. Hoje em 2023, temos 25 diferentes programas, dentre os próprios  e as redes/multicêntricos que participamos, com 34 cursos de mestrados e doutorados. Destaca-se também que, com as experiências da  pandemia, houve a criação de mais cursos de especialização, os lato sensu em modalidade EAD, alcançando públicos que buscam qualificação para suas áreas de atuação e não precisam necessariamente vir a Poços, Varginha ou Alfenas.

O que a comunidade universitária e a sociedade podem esperar para um futuro próximo da pesquisa e da pós-graduação na nossa Universidade?

Profa. Vanessa Marques:  A palavra é consolidação, após uma grande expansão, consequência do Reuni, aumento do número de docentes pesquisadores, e dos grupos de pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento, agora é chegada a fase de consolidação e maturidade – isso já pode ser percebido pelo o aumento dos conceitos do programas de pós-graduação, pelo aumento da captação de financiamentos para pesquisa e aumento da quantidade e qualidade da produção científica e tecnológica, nas diferentes áreas do conhecimento. Seguimos avançando!

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