As ações do Projeto Local de Formação Pedagógica (PLDoc) do campus Poços de Caldas continuam a fortalecer os saberes dos docentes do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). Atividades realizadas no mês de agosto envolveram práticas pedagógicas e o cuidado com os profissionais da educação superior. Além do encerramento da oficina sobre a metodologia ativa de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), ministrada pela médica Gabriela Itagiba Vieira, vinculada ao Centro Integrado de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (CIAST) da Universidade, a coordenação promoveu também uma roda de conversa temática com abordagem psicossocial intitulada “O desafio de ser professor”, conduzida em parceria com o Setor de Psicologia da Coordenadoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (CACE).
Vivência prática da metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

Iniciada em junho e finalizada no dia 21 de agosto, a oficina “Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)” envolveu encontros presenciais realizados nas salas de aula do prédio B. A atividade teve como diferencial a alternância entre sessões presenciais, estudos individuais e produção de problemas pelos próprios participantes, o que possibilitou uma imersão completa na metodologia.
Segundo a pedagoga Amanda Rezende Costa Xavier, responsável pela organização do PLDoc, a ministrante iniciou os trabalhos com um acordo de convivência, medida essencial para garantir engajamento e corresponsabilização dos participantes. “Essa estratégia ajuda os estudantes a se engajarem na definição de decisões para o trabalho ativo e, por consequência, conduz a um processo de corresponsabilização com a atividade e a disciplina, ou unidade curricular”, comenta.
Durante a oficina, a médica apresentou os sete passos fundamentais do PBL, cujo desenvolvimento permitiu aos participantes vivenciar sessões tutoriais e compreender os papéis assumidos por alunos e tutores nessa metodologia. Gabriela Vieira também abordou estratégias de feedback e destacou a técnica “sanduíche”, que intercala comentários positivos com críticas construtivas.
Conforme a pedagoga, é fundamental que os professores do ensino superior conheçam métodos ativos como o PBL. “Tais abordagens deslocam o estudante de uma posição passiva para um papel central, ativo e participativo no processo formativo”, ressalta.
(Fotos: Arquivo/Amanda Xavier)
Roda de conversa “O desafio de ser professor”

Dando continuidade à agenda de formações, no dia 28 de agosto, foi realizada a roda de conversa O desafio de ser professor, no auditório do prédio F. A atividade foi conduzida pela psicóloga Rosana Tavares. A ação teve como base a Terapia Comunitária Integrativa (TCI), reconhecida pelas áreas da Psicologia e da Saúde Coletiva como uma prática psicossocial que visa promover escuta, acolhimento e troca de experiências.
“Quando aplicada em atividades de formação pedagógica docente, a TCI pode ser entendida como um espaço metodológico que possibilita ao professor compartilhar desafios, inquietações e experiências ligadas à sua prática educativa”, explica a pedagoga.
Segundo Amanda Rezende, em círculos de escuta, os docentes podem encontrar reconhecimento e ressignificação de suas vivências. “Professores universitários, muitas vezes, não contam com espaços institucionais de escuta e apoio, o que pode levar ao adoecimento emocional e ao desgaste profissional”, diz.
A pedagoga salienta que ao introduzir a TCI como recurso de formação pedagógica, abre-se a possibilidade de fortalecer vínculos entre docentes, desenvolver práticas colaborativas e promover o cuidado de quem ensina.
As ações de agosto somam-se à oficina “Interdisciplinaridade e Projetos Pedagógicos”, também promovida pelo Projeto Local de Poços de Caldas, que refletiu sobre a integração entre saberes e a construção coletiva de propostas pedagógicas. A matéria completa pode ser acessada no Jornal da UNIFAL-MG.
(Fotos: Arquivo/Amanda Xavier)