“Procurar ajuda é sinal de coragem”: psicólogo Diego Leite fala sobre saúde mental e desafios acadêmicos na UNIFAL-MG

Diego Leite atua como psicólogo no CIAST da UNIFAL-MG (Foto: Anna Luiza/Dicom)

No dinâmico e muitas vezes desafiador cenário universitário, a busca por conhecimento e o desenvolvimento pessoal caminham lado a lado com a necessidade de cuidar da saúde mental. A Diretoria de Comunicação Social, atenta a essa realidade, apresenta uma entrevista com o psicólogo Diego Leite, que aborda Psicologia Cognitiva Educacional e saúde mental universitária. Graduado em Psicologia (UFJF) e doutor em Ciência Cognitiva pela Universidade de Trento (Itália), com validação pela UFMG, Diego tem sido uma voz importante em discussões sobre o trabalho da Psicologia no contexto da Educação Superior – tema de sua recente palestra no evento PLDoc Poços de Caldas, realizada em maio na UNIFAL-MG campus Poços de Caldas.

Nesta conversa exclusiva para o Jornal UNIFAL-MG, Diego Leite compartilha sua visão sobre a aplicação prática da Psicologia Cognitiva Educacional para auxiliar estudantes, professores e servidores no enfrentamento de dificuldades de aprendizagem, gestão do tempo e bem-estar. Ele discute a crescente busca por suporte psicológico na Universidade, identificando fatores que contribuem para o adoecimento mental e oferecendo insights sobre sinais de alerta e prevenção.

Como coordenador do projeto de extensão “Cognição e Saúde” e presidente da Comissão de Qualidade de Vida da UNIFAL-MG, Diego detalha as iniciativas em curso para a promoção do bem-estar coletivo e a importância de construir um “ambiente psicologicamente sustentável” na Instituição. A entrevista também aborda como a pesquisa, a inovação e a inteligência artificial estão transformando o campo da Psicologia Educacional.

Confira a entrevista completa a seguir:

Parte 1: Psicologia Cognitiva Educacional e o Ambiente Universitário

Poderia nos explicar de forma mais detalhada o que é a Psicologia Cognitiva Educacional e como ela se aplica especificamente ao contexto de uma universidade federal como a UNIFAL-MG?

Diego Leite: A Psicologia é um campo de conhecimento extremamente amplo, complexo e heterogêneo, abrangendo áreas de especialidade nas dimensões teórica, empírica e prática. Na minha perspectiva, a Psicologia Cognitiva Educacional constitui uma dessas especialidades, caracterizando-se por uma base teórica sólida, mas, sobretudo, por seu foco na aplicação prática em contextos educacionais, como o ambiente universitário. Eu utilizo o termo cognitivo/cognitiva para indicar que minha abordagem teórica e prática não se fundamenta em correntes históricas específicas, como a psicanálise do austríaco Sigmund Freud (e de seus seguidores), a teoria histórico-cultural de autores como o russo Lev Vygotsky (e seus seguidores), ou o behaviorismo adotado pelo americano B. F. Skinner (entre outros). Vale destacar que, na minha concepção, o termo cognitivo não implica, necessariamente, uma visão mecanicista ou computacional da cognição e da natureza humana – como eu explico com mais profundidade nos livros que publiquei em 2021 (pela editora Springer) e em 2025 (pela editora CRC Press). Na verdade, eu utilizo esse termo para destacar a importância de se considerar: 1) o sistema de pensamentos e opiniões das pessoas; 2) a forma como desejos e emoções influenciam esse sistema; 3) os padrões de comportamento e o repertório comportamental; e 4) o modo como o ambiente físico, social e cultural afeta significativamente indivíduos e grupos, sem, no entanto, determiná-los completamente. Para a construção da abordagem que aplico no contexto educacional, eu me apoio em diversas fontes confiáveis de informação e em algumas influências fundamentais. Posso citar, como influências essenciais na minha formação teórica e intelectual na área da Psicologia, os professores Helmuth Ricardo Krüger e Saulo de Freitas Araujo. Além deles, alguns trabalhos do professor Antonio Gomes Penna também contribuíram para minha formação. Por fim, destaco as aulas e orientações da professora Marisa Cosenza Rodrigues, da Universidade Federal de Juiz de Fora, com quem tive contato durante minha graduação e meu mestrado. A professora Marisa orienta trabalhos nas áreas de Psicologia do Desenvolvimento e Psicologia Escolar/Educacional. Em 2009, realizei um estágio supervisionado com ela em Psicologia, atuando por seis meses no Colégio de Aplicação João XXIII, em Juiz de Fora. É com base nessa formação e nas minhas perspectivas sobre a cognição humana e a Psicologia Educacional que desenvolvo minhas atividades como psicólogo na UNIFAL-MG.

No ambiente universitário, os estudantes enfrentam uma carga cognitiva intensa. Quais são os principais desafios de aprendizagem que a Psicologia Cognitiva Educacional busca resolver e que estratégias podem ser aplicadas para otimizar o processo de aquisição de conhecimento e habilidades?

Diego Leite: Acredito que o trabalho com a dificuldade de aprendizagem entre os estudantes é uma dimensão importante da atuação do(a) profissional da psicologia no contexto acadêmico. Nos dias atuais, observamos muitas dificuldades de concentração e gestão do tempo, por exemplo, entre os alunos. Além disso, muitos sofrem com a questão da ansiedade excessiva, levando alguns até mesmo a terem ataques de pânico. Isso faz com que a aprendizagem muitas vezes seja prejudicada. Portanto, nessa dimensão de atuação, o psicólogo ou a psicóloga pode trabalhar em conjunto com os profissionais da área da pedagogia, pode trabalhar orientando professores sobre formas de ensino de qualidade e pode trabalhar orientando estudantes sobre formas mais adequadas de estudo e aprendizagem. Em relação aos estudantes, especificamente, o psicólogo pode orientar sobre como manter a concentração e evitar a procrastinação, ou como fazer a organização do tempo de estudos tendo em vista a rotina do estudante, ou como fazer a gestão do tempo de forma geral, etc. Além disso, o profissional da psicologia pode atuar principalmente na promoção da saúde mental dos estudantes, oferecendo atendimento individual ou em grupo e divulgando ações de projetos de extensão que promovam a saúde mental.

Diego é autor de dois livros sobre teorias da Cognição Humana (Foto: Anna Luiza/Dicom)

Como o profissional de Psicologia Cognitiva atua dentro de uma instituição de ensino superior? Quais são suas principais contribuições para o corpo docente, discente e técnico-administrativo?

Diego Leite: Eu penso que o(a) profissional da psicologia pode atuar, principalmente, na promoção da saúde mental no contexto do ensino superior. Dessa forma, o profissional estará contribuindo também para uma maior qualidade no processo de ensino e aprendizagem, porque, evidentemente, as pessoas conseguem aprender e ensinar melhor se elas estiverem mentalmente saudáveis. O profissional da psicologia também pode contribuir, de modo mais geral, para promover valores e virtudes como empatia, solidariedade, educação, respeito, humanidade, urbanidade, e para promover um ‘ambiente psicologicamente sustentável’ de interações sociais saudáveis na universidade. Esse trabalho, eu acredito, deve ser pautado pela ética e pelo respeito aos direitos humanos, de um lado, e de outro, deve ser pautado pelo que os estudos científicos mais sérios estabelecem de forma robusta. Nesse sentido, eu busco contribuir, no contexto da universidade, para uma formação de cidadãos (para além apenas de uma formação meramente técnica), para o desenvolvimento humano pleno das pessoas, e para a liberdade e autonomia das pessoas, no sentido de que elas elevem pensar e refletir criticamente por si mesmas sobre a sociedade, e tomar as suas próprias decisões complexas. No plano mais concreto, as minhas principais contribuições para a comunidade acadêmica atualmente são três. A primeira se refere aos atendimentos individuais que eu realizo no CIAST. No momento, eu estou atendendo servidores e seus dependentes econômicos maiores de 13 anos (mas já realizei inúmeros atendimentos de estudantes e colaboradores terceirizados no passado). Estes atendimentos têm duração aproximada de 50 minutos e com eles eu consigo entrar em detalhes sobre os problemas psicológicos que aparecem nos diálogos, e busco ajudar a resolvê-los da melhor forma possível. Acredito que este serviço já ajudou inúmeras pessoas no contexto da universidade. Infelizmente, porém, a partir das análises estatísticas de dados internas que eu realizo com base nos meus próprios registros, eu observo uma tendência de maior procura do serviço de psicologia, mas acredito que isso é explicado também pelo momento atual que a sociedade está vivendo e pelo fato de que as pessoas estão mais conscientes da importância de buscar apoio psicológico profissional. A minha segunda contribuição é justamente com a promoção de saúde mental na universidade. Eu sou coordenador de uma Projeto de Extensão chamado Cognição e Saúde (criado por mim em 2022). Temos feito muitas ações que envolvem a relação entre psicologia e atividade física, psicologia e música e grupos de estudo. Estamos alcançando resultados muito positivos no projeto e contemplando muitas pessoas da comunidade acadêmica. Por fim, minha terceira grande contribuição é na Presidência da Comissão de Qualidade de Vida, na qual atuo desde 2023 coordenando trabalhos que promovem saúde e qualidade de vida em todos os campi da UNIFAL-MG. É uma responsabilidade que envolve uma série de desafios, mas acredito que temos avançado muito na promoção de saúde no nosso contexto universitário.

A UNIFAL-MG, como universidade, valoriza a pesquisa. Quais são as tendências e inovações mais recentes na sua área de atuação que podem beneficiar o ensino e a aprendizagem universitária?

“O campo da inteligência artificial está em pleno desenvolvimento e muitas aplicações estão surgindo disso. Provavelmente, iremos observar mais aplicações deste domínio no contexto acadêmico; por exemplo, na ajuda para avaliação e tratamento de problemas psicológicos ou no auxílio em relação ao processo de ensino e aprendizagem.”

Diego Leite: O campo da avaliação psicológica, por exemplo, evoluiu muito, e essa evolução apresenta impactos importantes para o campo da Psicologia Educacional no contexto da universidade. Podemos observar atualmente formas cada vez mais precisas de diagnóstico de problemas psicológicos, com ajuda de testes psicológicos cada vez mais confiáveis e técnicas específicas. Isso pode nos ajudar a decidir quem realmente precisa de um acompanhamento psicológico no contexto acadêmico, ou de um tratamento psicológico especializado em uma clínica particular, ou até mesmo quem precisa do uso de medicamentos específicos e deve ser encaminhado ao serviço de psiquiatria. Uma vez que a determinação do diagnóstico em psicologia, em muitos casos, pode resultar em muitas controvérsias, é importante termos o apoio de testagem e técnica cientifica confiável. Além disso, o campo da inteligência artificial está em pleno desenvolvimento e muitas aplicações estão surgindo disso. Provavelmente, iremos observar mais aplicações deste domínio no contexto acadêmico; por exemplo, na ajuda para avaliação e tratamento de problemas psicológicos ou no auxílio em relação ao processo de ensino e aprendizagem. Contudo, é muito importante que estejamos também conscientes dos usos nocivos de sistemas artificiais de inteligência: por exemplo, facilitando o plágio, ou contribuindo para a disseminação de informações falsas. A inteligência artificial generativa, que utiliza modelos de linguagem de grande escala, ainda enfrenta muitos desafios. Esses modelos, apesar de serem um instrumento tecnológico sofisticado e impressionante, demonstram também falta de confiabilidade e veracidade. Embora muitos segmentos do público em geral permaneçam entusiasmados com esses novos programas de IA (como o ChatGPT, Gemini, DeepSeek e outros), especialistas já reconhecem que eles frequentemente alucinam, fabricam informações, apresentam imprecisões, cometem erros estranhos e não são estáveis nem confiáveis.

Parte 2: Saúde Mental no Contexto Universitário

Observamos um aumento nas discussões sobre saúde mental entre estudantes e servidores. Na sua percepção, quais são os principais fatores que contribuem para o adoecimento mental na comunidade universitária, e quais grupos parecem ser mais vulneráveis?

Diego Leite: Este aumento nas discussões me parece algo positivo. É realmente muito importante que façamos mais diálogos sobre saúde mental e que se divulgue mais informações sobre isso, a partir da perspectiva de profissionais competentes e confiáveis, para desfazer os mitos de que procurar os serviços de psicologia é para pessoas “loucas” ou para pessoas “fracas”. Este tipo de pensamento é muito mal-informado, nocivo e pode levar as pessoas a casos graves de transtornos mentais. Muitas vezes, procurar ajuda de profissionais é um sinal de coragem, sensatez e de uma mente esclarecida. Dito isso, na minha percepção, são inúmeros os fatores que podem contribuir para o adoecimento mental na universidade. Por exemplo: um ambiente de trabalho prejudicial à saúde; uma relação conflituosa com a chefia, com um colega ou com um orientador; pressões exageradas para execução de tarefas mal planejadas; pressões exageradas para alcançar número de publicações acadêmicas. Essas situações podem gerar nas pessoas sintomas relacionados com ansiedade excessiva, ataques de pânico, sintomas depressivos, estresse agudo, entre outros. Com o tempo, e se o tratamento adequado não for oferecido, estes sintomas podem levar a quadros muito graves, nos quais a própria vida das pessoas fica em risco (é também por esse motivo que precisamos tratar com seriedade a questão do adoecimento mental). Acredito também que os grupos mais vulneráveis são aqueles de baixa renda e que não dispõem de uma estrutura familiar ou de relações de amizade capazes de oferecer apoio nos momentos em que as dificuldades psicológicas se agravam.

Para a comunidade UNIFAL-MG, quais são os sinais e sintomas mais importantes que indicam que um colega, amigo ou familiar pode estar enfrentando dificuldades de saúde mental e precisa de apoio?

“Como então saber se estamos enfrentando não apenas um momento difícil na vida, mas sim um problema ou dificuldade psicológica que faça com que seja importante a busca de um apoio profissional? Bom, eu adoto, pelo menos, quatro critérios importantes.”

Diego Leite: Primeiramente, eu gostaria de deixar claro que, na minha opinião, não são realmente todas as pessoas, em todos os momentos da vida, que precisam de tratamento psicológico. Eu acredito que as pessoas devem buscar tratamento psicológico caso elas tenham um problema ou uma dificuldade psicológica. Como então saber se estamos enfrentando não apenas um momento difícil na vida (o que é natural), mas sim um problema ou dificuldade psicológica que faça com que seja importante a busca de um apoio profissional? Bom, eu adoto, pelo menos, quatro critérios importantes. Primeiro, a frequência com que ocorre o sofrimento psicológico. Quer dizer, se o sofrimento ocorre várias vezes por dia, várias vezes por semana e várias vezes por mês. Quanto maior a frequência ao longo do tempo, mais grave, e maior a importância da busca por ajuda. Segundo, a intensidade do sofrimento. Quer dizer, se é um sofrimento leve, moderado ou intenso. Quanto mais intenso, maior é a gravidade e a importância de buscar ajuda. Terceiro, as alterações psicológicas e comportamentais causadas por este sofrimento. Quer dizer, se há, por exemplo, alteração da frequência de pensamento sobre um determinado tema com foco muito elevado nos aspectos negativos, ou se há mudança do padrão de comportamento alimentar gerando ganho ou perda incomum de peso. Quarto, os prejuízos que este sofrimento gera para dimensões centrais da vida. Quer dizer, se o sofrimento causa prejuízo em nossas atividades no trabalho, estudo, ou na relação com nossos familiares, amigos e afetos. Em alguns casos, nem sempre será simples discernir o momento mais adequado de buscar ajuda psicológica profissional. Além disso, não é simples apresentar regras que valem para todos os casos. Porém, na falta de uma avaliação psicológica individual pormenorizada, penso que estes critérios podem ser de grande ajuda.

Quais são os serviços e recursos de apoio psicopedagógico e de saúde mental que a UNIFAL-MG oferece atualmente para seus estudantes e servidores? Como eles podem acessá-los?

Diego Leite: É muito importante mesmo divulgar essa informação. Em relação aos estudantes, o atendimento psicológico e pedagógico deles está sob responsabilidade da PRACE. Para ter acesso a este atendimento, até onde eu tenho conhecimento, o estudante deve entrar no site da PRACE e preencher um formulário com a solicitação. Depois disso, ele irá receber o atendimento solicitado pelos profissionais do setor responsável. Em relação aos atendimentos psicológicos de servidores e seus dependentes, a responsabilidade é do serviço de psicologia ligado ao CIAST/PROGEPE. Como eu sou o único psicólogo trabalhando no setor, a responsabilidade por todos os atendimentos psicológicos de servidores e seus dependentes de todos os campi da UNIFAL-MG é inteiramente minha. Para ter acesso a este atendimento, basta o(a) servidor(a) entrar em contato comigo pelo meu e-mail institucional: diego.azevedo@unifal-mg.edu.br. Em seguida, eu faço o agendamento do atendimento. Esse procedimento padrão tem funcionado muito bem ao longo destes meus quase seis anos de trabalho na instituição.

Além do tratamento, a prevenção e a promoção da saúde mental são fundamentais. Que ações ou hábitos simples podem ser adotados por estudantes e servidores para cuidar de sua saúde mental no dia a dia acadêmico?

Diego Leite: Na minha opinião, é importante adotar uma rotina ao menos mínima, que organize os nossos horários de trabalho, descanso e lazer. Dentro desta rotina, precisamos estabelecer horários para que tenhamos um sono reparador e de qualidade, para que possamos ter alimentação adequada de qualidade e com regularidade e para que possamos cuidar da saúde do nosso corpo com atividades físicas regulares (como indica a OMS), combatendo o sedentarismo e as doenças relacionadas a isso. Precisamos também estabelecer um horário de trabalho ou estudo (em que conseguimos manter a concentração e realizar de forma adequada as tarefas que são da nossa responsabilidade) e um horário para descanso. Para além destas questões mais básicas do cuidado com nós mesmos, é essencial ter momentos para descontrair e ter prazer com a família e os amigos, assim como passar bons momentos com nossos parceiros afetivos. Também recomendo a prática, por lazer, de algum esporte (como o tênis, por exemplo, que eu gosto muito e pratico) ou de algo relacionado com artes, como música, literatura, pintura, desenho, fotografia etc. Por fim, recomendo uma atitude positiva em relação a vida. Quer dizer, valorizar a vida e os momentos simples e bons com as pessoas que gostamos e que nos fazem bem; buscar a alegria ao invés da tristeza, o sorriso ao invés da rispidez, a educação ao invés da ignorância e a paz ao invés da guerra; e cuidar da autoestima e interpretação de si mesmo, evitando os extremos da arrogância e da autodepreciação. Harmonizar este mosaico de dimensões da vida, e dar para isso uma unidade que faça sentido para a pessoa, não é tarefa fácil. Mas acredito que seja o caminho que nos leva a graus mais elevados de qualidade de vida, bem-estar e felicidade.

Como a UNIFAL-MG, como instituição, pode fortalecer suas políticas e ações para criar um ambiente mais acolhedor e promotor da saúde mental para toda a sua comunidade?

Diego Leite: O fato de que a qualidade de vida é considerada um dos eixos centrais da instituição em seu Plano de Desenvolvimento Institucional já é um aspecto muito importante e promissor. Com base nisso, acredito que devemos fortalecer cada vez mais os setores responsáveis pela saúde e qualidade de vida na universidade, como a Comissão de Qualidade de Vida da UNIFAL-MG. Na minha opinião, é fundamental valorizar e fortalecer o trabalho relacionado à saúde mental no contexto acadêmico, por meio da disponibilização adequada de recursos humanos, financeiros, de uma estrutura material apropriada para o trabalho e de uma gestão de qualidade que busque, com competência, organização e planejamento, atingir suas metas de curto, médio e longo prazo. É necessário criar na universidade um ambiente psicologicamente agradável para o trabalho, visto que passamos grande parte das nossas vidas nesse espaço, resolvendo problemas e cooperando para que as tarefas sejam cumpridas, ou seja, interagindo socialmente com colegas. Precisamos, portanto, desenvolver um “ambiente psicologicamente sustentável” – como mencionei anteriormente – no qual tenhamos prazer em estar, para que possamos realizar nossas atividades com motivação, precisão, concentração, competência, qualidade, humanidade e ética. Acredito que, assim, poderemos ser não apenas mais produtivos, mas, acima de tudo, mais felizes.

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