Aconteceu, no dia 13 de novembro, o lançamento do livro “Nos trilhos da Memória: o ramal ferroviário do Tuiuti”, escrito por Ricardo Luiz de Souza, mestre em História Ibérica pelo Programa de Pós-Graduação em História Ibérica (PPGHI) da UNIFAL-MG. O evento ocorreu às 19h, na Casa de Cultura de Muzambinho/MG.
A obra, que também foi lançada na forma de documentário apoiado pelo Fundo Estadual de Cultura (FEC) da Secretaria de Cultura de Minas Gerais (Secult/MG), pode ser adquirida no site da editora Pedro & João. Além disso, cinco exemplares físicos foram doados à UNIFAL-MG.

Segundo Ricardo Luiz, a publicação, que combina métodos da História Oral e da Antropologia, é resultado de ampla pesquisa em fontes históricas escritas e orais, como depoimentos de moradores da região. “Meu trabalho deu origem a dois produtos culturais complementares, o livro e o documentário, ambos dedicados à preservação da memória coletiva e cultural das comunidades ligadas à antiga ferrovia”, destaca.
“O ramal de Tuiuti, pertencente à Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, ligava a Estação de Tuiuti, atual Jureia, distrito de Monte Belo/MG, ao município de Guaxupé. Com 74 quilômetros de extensão e mais de cinco décadas de funcionamento, a ferrovia teve papel marcante no desenvolvimento regional, movimentando pessoas, produtos agrícolas e histórias que se tornaram parte da identidade local”, informa.
Segundo o autor, o principal objetivo de seu livro é fortalecer a rememoração histórica dos municípios do Sul de Minas e valorizar a memória coletiva construída ao longo dos anos a partir do contato com os trilhos. “O vapor levou à difusão das estradas de ferro e suas locomotivas e vagões, ao que se seguiram o telégrafo e, depois, a energia elétrica. Esse novo mundo, que chegava aos poucos, é o pano de fundo da pesquisa”, relembra.
Em sua publicação, Ricardo Luiz, a partir da análise de mapas, textos escritos, instrumentos da cultura material e depoimentos, demonstra como o Sul de Minas foi revolucionado pela estrada de ferro. A obra do pesquisador, ao trabalhar com patrimônios imateriais da cultura brasileira, como as evocações da população, valoriza a memória coletiva e demonstra como aspectos históricos são fundamentais para a construção identitária das pessoas.
*Luana Bruno é estagiária da Diretoria de Comunicação Social da UNIFAL/MG.















