Turma de Odontologia de 1979 visita a UNIFAL-MG em comemoração de 45 anos de formatura

Integrantes da turma de Odontologia de 1979 no campus Sede da UNIFAL-MG. (Foto: arquivo/Dicom)

Na última sexta-feira (25), os dentistas graduados pela UNIFAL-MG em 1979 revisitaram a Instituição para relembrar os momentos vividos e comemorar os 45 anos de formados ao lado dos familiares e amigos. Na oportunidade, a turma fez a inauguração da placa comemorativa de graduação e caminhou pelos espaços da Universidade, a fim de conhecer o prédio utilizado pelos graduandos em Odontologia. O grupo foi recebido pelo diretor da Faculdade de Odontologia, Prof. Edmêr Silvestre Pereira Júnior.

Na foto estão, da esquerda para a direita, Waldir de Carvalho e Maurílio de Arantes. (foto: arquivo/Dicom)

Durante a visita que aconteceu, coincidentemente, no dia do dentista, a turma de 1979 conheceu o prédio F, onde estão situadas as clínicas de Odontologia e salas de aula. Na ocasião, eles tiraram dúvidas a respeito do atual ambiente acadêmico com o diretor da FO e mataram a saudade do lugar onde viveram emocionantes histórias ao lado dos colegas. “Para nós, que estivemos aqui há quase meio século, é gratificante retornar a este lugar, é um momento de realização”, mencionou o cirurgião-dentista Maurílio de Arantes.

“Encontrar os antigos amigos e ver que o filho de um professor nosso é diretor da Faculdade nos deixa realizado na vida, porque, com a Odontologia, construí minha família, criei meus filhos, hoje tenho netos e ainda exerço a profissão. Isso mostra que ainda há pessoas que confiam em mim, que eu fui muito bem preparado para isso e cumpri minha missão profissional. Retornar à escola em que me formei, e ver o quanto ela cresceu é perceber que o caminho que nós trilhamos ainda serve de exemplo para muitos que escolheram esta profissão”, completou.

Na foto estão, da esquerda para a direira, Waldir de Carvalho, Gilson da Silva e Evaldo Ribeiro com a neta. (foto: arquivo/Dicom)

Para Gilson Gabriel da Silva, que tem Alfenas como terra natal, a UNIFAL-MG é muito simbólica. “Rever os colegas é muito importante para nós, são momentos que ficam gravados para sempre na nossa vida”, declarou. Evaldo Massote Ribeiro completou o colega: “a UNIFAL-MG, Efoa à época, foi um grande suporte para nós aprendermos não só o essencial para a profissão, mas também sobre ética e moral, retornar aqui é uma forma de agradecer pelos momentos proporcionados a nós e pela alegria de nossa amizade.”

Segundo Waldir Ferreira de Carvalho, o desempenho turma foi bastante influenciado pelo trabalho dos docentes. “Eles nos tratavam com muito respeito, de igual para igual, como o professor Hélio de Souza. Isso é muito importante para nós, muitos vieram de zonas rurais, como foi o meu caso, e ter a atenção desses professores foi muito importante para nós. Entramos em 100 estudantes, depois vieram outros três de outras instituições, e saímos em 103 profissionais formados. Na década de 70, período em que tudo era mais difícil, nós valorizávamos muito a educação e acho que um dos fatores para essa valorização foi o carinho dos professores”, finalizou.

Na foto estão, da esquerda para a direita, Rita Costa, Edna Ferreira e Clarice Ávila. (foto: arquivo/Dicom)

“Gratidão” é a palavra que Edna Clare Ferreira encontrou para descrever o momento vivenciado pela turma na tarde do dia 25 de outubro. Para a dentista, a defesa das políticas e das instituições públicas é essencial para a continuidade de uma educação de qualidade no Brasil. “Muitos de nós tivemos acesso às instituições públicas e estudamos nossos filhos também em universidades públicas. Nós nos esforçamos e estamos aqui, mas muitas pessoas ainda precisam da universidade, por isso é importante defendermos ela. Na nossa época, de 400 estudantes, víamos duas pessoas negras. Hoje, entramos na clínica, tinham várias pessoas negras. Vamos lutar para que isso continue”, destacou.

A colega de Edna, Rita de Cássia Costa, disse que “assina embaixo” na fala da amiga. “Penso assim também. Sou uma pessoa que, se não fosse a escola pública, jamais poderia ter estudado. Gratidão sempre a essa escola maravilhosa que nos formou”. Clarice Bertozzi Ávila agradeceu, também, pela oportunidade de retornar à Instituição e contou que as três moraram juntas nos tempos de graduação.

Segundo elas, o número de mulheres da turma já era algo de destaque em relação às demais turmas da época, com uma proporção de 30% do gênero feminino. “Tivemos um preço a pagar, como as dificuldades em administrar os estudos com o cuidado dos filhos, mas nós assumimos a responsabilidade. Nossas mães nos davam apoio para não repetirmos as histórias delas. Tivemos um legado para trás, mas deixamos, também, um legado para frente, porque nossos filhos sentiram e repetiram nossa determinação”, finalizou Edna Ferreira.

Ainda durante a visita, os integrantes da turma de 1979 manifestaram interesse em retornar à Instituição para a comemoração dos 50 anos de formatura, o Jubileu de Ouro. Em nome da Instituição e da FO, o Prof. Edmêr Silvestre Júnior disse que será uma honra recebê-los e que, daqui cinco anos, provavelmente, a celebração será no novo prédio da Faculdade de Odontologia na Unidade Santa Clara. “Eu não estarei mais como diretor, mas a Faculdade de Odontologia terá a honra em receber vocês, aqui é a casa de vocês, serão sempre bem-vindos”, concluiu.

Confira, abaixo, as fotos do encontro. (foto: arquivo/Dicom)

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