Gestores da Pró-Reitoria de Graduação falam de estratégias para a formação dos estudantes e para o desenvolvimento institucional; leia a entrevista que abordou resultados do ensino na UNIFAL-MG

Gestores da Pró-Reitoria de Graduação da UNIFAL-MG: a professora Roberta Seron Sanches (pró-reitora adjunta) e professor Wellington Ferreira Lima (pró-reitor). (Foto: Arquivo/Dicom)

Garantir a qualidade e o sucesso dos cursos de graduação é uma das metas de ensino mais buscadas pela gestão das universidades. Na estrutura organizacional da UNIFAL-MG, quem cumpre esse papel de estudar estratégias e tomar decisões que impactam a formação dos estudantes e o desenvolvimento institucional é a Pró-Reitoria de Graduação, a Prograd.

Nesta entrevista, a equipe de comunicação conversou com o professor Wellington Ferreira Lima, pró-reitor de Graduação, e com a professora Roberta Seron Sanches, pró-reitora adjunta, que falaram sobre as ações e os aspectos da gestão da Graduação, destacando as conquistas e desafios enfrentados, principalmente a partir dos resultados do Relatório Integrado, referente ao ano de 2022.

Os gestores abordaram os esforços empreendidos para ampliar as oportunidades e a inserção dos estudantes no mercado de trabalho. Entre outros assuntos em pauta, eles também comentaram os indicadores de qualidade dos cursos, as estratégias para reduzir a evasão, o acompanhamento de egressos e a importância da atuação dos colegiados de curso e das unidades acadêmicas para os bons resultados da Instituição.

Nossa proposta é colocar a Prograd como fomentadora de boas práticas e como órgão de apoio aos atores que estão na ponta do processo de formação do estudante”, afirma o pró-reitor.

Leia na íntegra:


Implantar novos cursos de graduação é uma das metas de Ensino da UNIFAL-MG. Com a criação de quatro novos cursos iniciados neste primeiro semestre de 2023, a Universidade avançou nessa questão. De que forma a Pró-Reitoria de Graduação tem trabalhado para cumprir a meta de ampliar as oportunidades de graduação e inserção no mercado de trabalho?

Prof. Wellingon Lima: Temos tentado ser muito cuidadosos com o que os dados do Censo da Educação e do SISU têm nos mostrado. Estas informações têm sido compartilhadas com os Coordenadores de Curso e com os Diretores das Unidades Acadêmicas para que todos tenham um panorama do oferecimento de vagas nos diversos cursos e suas respectivas demandas pelos egressos do Ensino Médio.

Em relação às perspectivas para implantação de novos cursos, a Prograd estuda a possibilidade de criar novos cursos em quais áreas do conhecimento? Como está o andamento dessa demanda?

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“A Instituição já possui bom número de cursos aprovados pelo Consuni. Seguimos em negociação, nos espaços de diálogo com o governo federal, pela viabilização da implantação destes cursos. Medicina, por exemplo, é um curso de altíssima demanda de candidatos e de mercado de trabalho, e temos aprovado para o campus Varginha”, afirma o pró-reitor.
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Prof. Wellingon Lima: A Instituição já possui bom número de cursos aprovados pelo Consuni. Seguimos em negociação, nos espaços de diálogo com o governo federal, pela viabilização da implantação destes cursos. Medicina, por exemplo, é um curso de altíssima demanda de candidatos e de mercado de trabalho, e temos aprovado para o campus Varginha.

De acordo com os resultados do Índice Geral de Cursos (IGC) divulgados pelo Inep/MEC em março de 2023, a UNIFAL-MG mais uma vez se destacou entre as instituições de ensino superior do país, atingindo novamente a faixa 4. Dos 14 cursos avaliados na edição, 13 obtiveram nota 4 e um a nota 3, no Conceito Preliminar de Cursos (CPC). Quais ações têm sido desenvolvidas para melhorar a qualidade dos cursos da Universidade?

Profa. Roberta Sanches: O regimento interno foi revisado em 2022 para que o setor responsável pela avaliação não acumulasse as funções de alimentação do Sistema Acadêmico e apoio aos Programas, funções que foram realocadas nos departamentos de ensino e secretaria, respectivamente. Desta forma, começamos a dedicar mais atenção aos indicadores que compõem o índice, a fim de melhor subsidiar as coordenações de curso quanto aos pontos em que nossos discentes não alcançaram bons resultados ao mesmo tempo que verificamos as ações que devem ser tomadas pela gestão para aprimorar os resultados das avaliações in loco.

Prof. Wellington Lima – pró-reitor de Graduação. (Foto: Arquivo/Dicom)

O ranking Guia da Faculdade divulgado em 2022 elencou 24 cursos de graduação da UNIFAL-MG entre os melhores cursos superiores do país. Os destaques desta edição foram os cursos de Química (Licenciatura) e Física (Licenciatura), que receberam 5 estrelas, pontuação máxima na avaliação. Outros 21 cursos receberam 4 estrelas, nota considerada muito boa pelo ranking. Ao que pode ser atribuído esse reconhecimento conquistado pela Universidade em um ranking desenvolvido pelo Jornal Estadão e qual o impacto desses resultados para o estudante?

Prof. Wellingon Lima: O mérito dos coordenadores de curso no resultado deste ranking é inalienável. As informações são solicitadas pela equipe do Estadão diretamente a eles em prazo exíguo. Ademais, o trabalho destes coordenadores é ininterrupto para que cada curso atenda à legislação vigente e mantenha padrões de excelência, o que reflete na formação do estudante. 

Entre as diversas competências da Pró-Reitoria de Graduação, um dos eixos voltados para o ensino no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) está a responsabilidade de reduzir a reprovação, a evasão e o número de vagas ociosas nos cursos de graduação oferecidos pela UNIFAL-MG, infelizmente uma realidade nacional. Quais estratégias têm sido adotadas pela Prograd para reduzir os índices em âmbito institucional?

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“A última gestão alcançou melhoria significativa no preenchimento de vagas ociosas e temos nos esforçado para manter este índice com todo o empenho possível para que os cursos possam receber estudantes desperiodizados, buscando superar, principalmente, as nossas limitações físicas”, comenta o professor Wellington Lima.[/perfectpullquote]

Prof. Wellingon Lima: O problema é multifatorial e tem obrigado muitas frentes. Os gestores da Prograd têm se envolvido proximamente com os estudos e discussões realizados pelos fóruns de pró-reitores da Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] a fim de compreender melhor o fenômeno no país e na região. Estudos têm sido feitos em parceria com outros setores, em especial Prace, DRGCA e DIPS, para entender o perfil dos egressos e evadidos, e buscar políticas de ingresso e de permanência que melhor contemplem estes perfis. O Prodoc mantém um trabalho reconhecido, mesmo em outras instituições, visando o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem pela participação de estudiosos prestigiados na pesquisa sobre a educação superior e propiciando espaços para trocas de experiências entre os docentes da Instituição. O diálogo com a Prace também é importante para a busca de ações para minimizar os impactos em situações localizadas, como os afamados conteúdos de cálculo. Por fim, a última gestão alcançou melhoria significativa no preenchimento de vagas ociosas e temos nos esforçado para manter este índice com todo o empenho possível para que os cursos possam receber estudantes desperiodizados, buscando superar, principalmente, as nossas limitações físicas.

Conforme o Relato Integrado 2022, houve um aumento de 92,7% na oferta de oportunidades de estágio e aprendizado para estudantes de graduação e de pós-graduação durante o ano de 2022. Quais foram as ações implementadas pela Prograd que contribuíram para ampliar a oferta de oportunidades?

Profa. Roberta Sanches: Não apenas a Prograd, mas a Reitoria incentiva os diversos setores a disponibilizarem oportunidades de estágio, que contemplem, não apenas os nossos estudantes, mas até mesmo estudantes das instituições vizinhas. A Prograd este ano saiu de zero para três estagiários. Esperamos ampliar este número conforme a equipe possa demandar tempo para orientá-los e tenhamos recursos para contratá-los. Ademais, a atuação dos estagiários sempre implica em benefícios, porque trazem muita empolgação e ideias novas para o setor em que estagiam.

Profa. Roberta Sanches – pró-reitora adjunta de Graduação. (Foto: Arquivo/Dicom)

Outro objetivo elencado pelo Relato Integrado 2022 diz respeito à implementação de um sistema de acompanhamento de egressos. Qual é a importância de haver uma política de acompanhamento de egressos na Universidade e o que tem sido feito para alcançar essa meta? 

Prof. Wellingon Lima: Conhecer a trajetória profissional dos nossos egressos e a contribuição da formação na UNIFAL-MG para a consolidação da mesma é dado muito importante para aprimorar os PPCs [Projetos Pedagógicos de Curso], considerando as demandas do mercado de trabalho relativas à área. Os cursos de graduação, por meio de comissões específicas ou do Núcleo Docente Estruturante realiza atividades com o intuito de identificar as demandas para os cursos de graduação, pós-graduação e extensão, de divulgar eventos e cursos a fim de contribuir com a formação continuada do egresso e de disponibilizar informações relativas à atuação profissional dos egressos, as quais podem fomentar ações para o fortalecimento do desempenho dos cursos.    

O que a comunidade universitária pode esperar das ações prioritárias da Prograd para 2023?

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“Outro ponto importante que buscamos é o de dar maior destaque para a relação entre os colegiados de curso e unidades acadêmicas como os protagonistas no ensino de graduação. Nosso entendimento é de que a boa gestão da Prograd, como órgão regulamentador do ensino de graduação na instituição, não deve estar nos holofotes quando tudo vai bem. Temos buscado e insistiremos em fortalecer esta relação como construtora da graduação na Instituição”, pontua a pró-reitora adjunta.[/perfectpullquote]

Prof. Wellingon Lima: Queremos pautar nossa gestão pela observação dos dados. Uma gestão baseada em evidências é imprescindível. Conhecer e compartilhar com os diversos atores da universidade nossa situação absoluta e relativa às instituições no país e na região é fundamental para entender as nossas políticas exitosas e aquelas em que é preciso avançar. Utilizar os resultados de todas as fontes disponíveis para conhecer nossos pontos fortes e fracos e buscar soluções já experimentadas em outras IFEs que deram resultado, é condição sine qua non para a boa versação dos recursos públicos e o cumprimento do nosso papel perante a comunidade.

Profa. Roberta Sanches: Outro ponto importante que buscamos é o de dar maior destaque para a relação entre os colegiados de curso e unidades acadêmicas como os protagonistas no ensino de graduação. Nosso entendimento é de que a boa gestão da Prograd, como órgão regulamentador do ensino de graduação na Instituição, não deve estar nos holofotes quando tudo vai bem. Temos buscado e insistiremos em fortalecer esta relação como construtora da graduação na Instituição. Como exemplo deste movimento, podemos citar que os cursos que ainda não tinham secretaria, passam a ter, lotadas nas UAs [Unidades Acadêmicas], que as funções das coordenações passam a ser, formalmente, lotadas nas UAs, e que a matriz de distribuição de bolsas de monitorias foi construída a várias mãos os diretores.

Prof. Wellingon Lima: Nossa proposta é colocar a Prograd como fomentadora de boas práticas e como órgão de apoio aos atores que estão na ponta do processo de formação do estudante.

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