Buscando responder questões que permeiam discussões políticas e sociais sobre a sustentabilidade econômica e financeira do ensino público de qualidade no Brasil, a pesquisa “Impactos das ICTIs de MG no Desenvolvimento Econômico Regional” já está sendo realizada na UNIFAL-MG, por meio de formulário online aberto aos discentes, docentes, técnicos-administrativos em educação e colaboradores terceirizados vinculados à cidade de Alfenas. O estudo avaliará o custo para o governo manter a UNIFAL-MG e o retorno que a sociedade recebe em termos de movimentação econômica, geração de renda, empregos e arrecadação de impostos.
Coordenada pelos pesquisadores Zélia Maria Profeta da Luz, Moisés Diniz Vassallo, Denise Imori e Aurélio Alves Ferreira, a pesquisa integra um projeto elaborado pelo Inteligência Coletiva-MG (Coletivo composto por pesquisadores e pesquisadoras da Fiocruz Minas, UFMG, PUC-MG, IFMG, em parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, SBPC e o Fórum das Instituições de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes) e contou com relevante participação e empenho do reitor da UNIFAL-MG, professor Sandro Amadeu Cerveira, quando à época era presidente do Foripes.
“A UNIFAL-MG foi escolhida em função da sua localização geográfica, uma vez que, dentre outros motivos, era fundamental escolher uma ICT&I de cada região de Minas Gerais: pelo menos uma da região central, da região norte e nordeste e sul, pois entendemos que essa configuração de regiões geográficas é representativa para um recorte relativamente abrangente para compreendermos a realidade de todo o Estado de Minas Gerais”, contou o Prof. Aurélio Alves Ferreira, do IFMG Campus Ouro Branco.
Já realizada na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), a pesquisa mostrou que para cada R$ 1,00 que o Governo investe na UNIFEI a sociedade recebe em forma de acréscimo de renda para os alunos egressos R$ 3,28. O professor Aurélio ressalta que um objetivo imediato da pesquisa é preencher uma lacuna existente nos dados brasileiros sobre os impactos econômicos das universidades federais para a população local, regional e nacional, o que tem gerado muitas críticas infundadas e geradoras de desconfiança quanto ao orçamento da Educação superior. “Assim, quando tomamos como referência apenas a perspectiva econômica e a partir de dados concretos, ficou demonstrado que o investimento estatal em Educação na Unifei é muito vantajoso, já que o valor investido na Universidade é revertido para o próprio Estado em tributos gerados pelos seus egressos”, explicou.
Sobre o estudo
A pesquisa, financiada pela Fapemig, será realizada nas Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais (ICT&I), das cidades de Belo Horizonte: UFMG e CEFET; em Montes Claros, Teófilo Otoni e Diamantina: IFNMG e, por último, na cidade de Alfenas, na UNIFAL-MG.
O estudo contará com dados fornecidos pelas ICT&I, referentes a: valores do governo Federal, referentes à manutenção de cada instituição; cpf (anonimizado) dos egressos de cada curso dos últimos 10 anos, tendo em vista a análise de rendimentos junto à RAIS; e respostas aos questionários enviados aos estudantes, servidores e funcionários(as) terceirizados(as). Tais questionários visam coletar dados sobre valores recebidos e gastos cotidianamente, com despesas referentes à manutenção, como valores destinados ao pagamento de aluguel, entretenimento, alimentação, farmácia, etc.
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