Eloésio Paulo apresenta reflexões sobre literatura, loucura e paisagens culturais em eventos online nesta quinta-feira, 10 de abril

O escritor Eloésio Paulo, professor do curso de Letras/Português da UNIFAL-MG, participa na próxima quinta-feira, dia 10, de dois eventos literários online. No primeiro deles, integrará a mesa intitulada “Louco é quem me diz”, do Projeto Luso-Brasilidades, ao lado da professora Fernanda Vicente Monteiro Vicente, do Instituto Politécnico de Bragança (Portugal). O evento é promovido … Ler mais

1 resenha sobre 201 resenhas: em busca da síntese perfeita

Professor, poeta e crítico literário, nascido em Areado-MG, Eloésio Paulo demorou 13 anos de árduo trabalho para concluir a obra 201 romances brasileiros em 5 minutos cada. Qualquer tentativa de resumir este laborioso trabalho será uma minimização do grande feito que ele representa — parafraseando o autor, na resenha em que abrevia Grande Sertão: veredas, … Ler mais

Pensando na contramão

A inteligência estaria respirando só por aparelhos, não fossem intelectuais como a argentina Ariana Harwicz. Em seu recente O ruído de uma época (2024), ela trafega quase o tempo todo na contramão do que anda passando por pensamento “progressista” – e com o qual, aparentemente, sua única convergência é a enfática defesa do direito ao … Ler mais

Escritor no hospício

Afonso Henriques de Lima Barreto foi, em certo sentido, o anti-Machado de Assis; o exercício da literatura jamais lhe trouxe qualquer proveito como meio de ascensão social. Machado obteve uma posição confortável, a partir dos trinta e poucos anos, na sociedade do Rio de Janeiro, capital do Império; chegou a firmar com sua editora contratos … Ler mais

Evidências, isso mesmo

O extremismo prospera em coletividades burras. Ora, a estupidez não é espontânea na maioria das pessoas, ou do contrário seria obrigatório descrer da Humanidade por princípio. Basta observar a agudeza mental típica das crianças, que, quando se atrofia na vida adulta, é resultado de uma educação entorpecedora da inteligência e da sensibilidade. No cultivo da … Ler mais

Decadentismo à brasileira

Vistos em perspectiva histórica, os contos de Dentro da noite (1910) são uma espécie de antídoto antimodernista. João do Rio era um ótimo escritor, mas mobilizava em sua ficção técnicas narrativas ainda totalmente presas à estética do século XIX. É por isso que não tem sentido compará-lo a Machado de Assis, que, além de ter … Ler mais

Lucidez sem consolo

Por “culpa” de Freud, terá surgido boa parte de todo o patoá intelectualês capitulado de pós-moderno. Assim como Marx, o criador da psicanálise expôs evidências de que o real se constitui fora de nosso campo visual; a realidade, sua aparência, surge enganosamente à nossa percepção como compreensível por meio dos sentidos – o que Platão … Ler mais

Bem longe do clichê

No final, é um romance sobre o amor, a morte, o destino. O que o faz diferente das narrativas estereotipadas sobre os mesmos temas é o estilo, é a técnica narrativa. O amante (1984), livro de maior sucesso da francesa Marguerite Duras, parece ter sido escrito com a intenção de mostrar que os sentimentos-clichê não … Ler mais

“201 romances brasileiros em 5 minutos cada” – Eloésio Paulo

A capa do livro possui um fundo laranja com letras pretas e brancas. O título 201 Romances Brasileiros em 5 Minutos Cada é destacado em branco, enquanto o nome do autor, Eloésio Paulo, está em preto no topo. Abaixo do título, há uma ilustração abstrata em preto, composta por letras dispersas, conferindo um ar moderno e dinâmico.

Eloésio Paulo, professor do curso de Letras da UNIFAL-MG, autor de livros, ensaios, poemas, e colunista do Jornal UNIFAL-MG, traz ao cenário literário uma proposta interessante com seu novo livro 201 romances brasileiros em 5 minutos cada. Lançado pela Sic Edições, sua 18ª obra reúne, em tom de guia crítico, verbetes curtos e afiados sobre … Ler mais

Clássico e maldito

A imagem é uma arte criada com um fundo escuro com as palavras "Montra por Eloésio Paulo" escritas no topo, em branco e azul. À esquerda, há a foto do colunista Eloésio Paulo, que é um homem de pele clara e cabelos grisalhos, usando uma camisa social bege, sorrindo para a câmera. Ao centro-direita, há a capa do livro. O título está escrito em letras grandes e decorativas no topo.

Fernando Fiorese, mineiro de Pirapetinga, certamente não é o primeiro poeta a flertar com a prosa, nem o primeiro prosador a experimentar os limites e possibilidades da poesia. Mas o hibridismo que ele se propõe plasmar em Romance dos desenganados do ouro & outras prosas (2024) resulta em obra das mais relevantes no contexto da … Ler mais

Bukowski, o “tóxico”

A imagem é uma arte criada com um fundo escuro com as palavras "Montra por Eloésio Paulo" escritas no topo, em branco e azul. À esquerda, há a foto do colunista Eloésio Paulo, que é um homem de pele clara e cabelos grisalhos, usando uma camisa social bege, sorrindo para a câmera. Ao centro-direita, há a capa do livro. O título está escrito em letras grandes e decorativas no topo.

Charles Bukowski, morto em 1994, foi inicialmente publicado no Brasil pela lendária Editora Brasiliense, de Caio Graco Prado, e tornou-se logo um dos escritores mais lidos por aqui. Sua atual editora, a gaúcha L&PM, esgota tiragem atrás de tiragem de uns vinte títulos dele publicados em sua coleção de bolso. Isso apesar de Bukowski ser … Ler mais

Crônica da vaidade literária

Embora o mundo e a condição humana ofereçam sempre material novo e abundante para a ficção, fugir ao óbvio se tornou crescentemente difícil desde a liberação, no período que chamamos “modernista”, de todas as possibilidades de experimentação com a linguagem e as formas narrativas. É angustiante, para os escritores que se preocupem com a originalidade … Ler mais

Políticas

A imagem é uma arte criada com um fundo escuro com as palavras "Montra por Eloésio Paulo" escritas no topo, em branco e azul. À esquerda, há a foto do colunista Eloésio Paulo, que é um homem de pele clara e cabelos grisalhos, usando uma camisa social bege, sorrindo para a câmera. Ao centro-direita, há a capa do livro "Política" de João Ubaldo Ribeiro em estilo tipográfico retrô. O título "João Ubaldo Ribeiro" está escrito em letras grandes e decorativas no topo, com "Política" logo abaixo em letras vermelhas destacadas. Abaixo disso, há um subtítulo em letras brancas dentro de um retângulo azul escuro: "Quem manda, por que manda, como manda."

“A realidade social parece fácil de perceber quando estamos falando abstratamente sobre ela, mas não quando estamos imersos nela.” Assim João Ubaldo Ribeiro justifica sua iniciativa de escrever um livro sobre “quem manda, por que manda, como manda” no Brasil. O romancista de Sargento Getúlio e Viva o povo brasileiro, que era bacharel em direito … Ler mais

Um Balzac decepcionante

A imagem é uma arte criada com um fundo escuro com as palavras "Montra por Eloésio Paulo" escritas no topo, em branco e azul. À esquerda, há a foto do colunista Eloésio Paulo, que é um homem de pele clara e cabelos grisalhos, usando uma camisa social bege, sorrindo para a câmera. Ao centro-direita, há a capa do livro "A Mulher de Trinta Anos" de Honoré de Balzac, com uma ilustração de uma mulher de chapéu em tons de verde. Abaixo da capa, há um banner azul com o título do livro e o nome do autor em letras brancas.

Até quem jamais leu um livro de Honoré de Balzac sabe, em geral, que o adjetivo balzaquiana é usado para designar uma mulher madura. Essa, por assim dizer, mitologia radica escassamente num único capítulo do romance A mulher de trinta anos (1834), que está entre os mais conhecidos títulos da volumosa obra do escritor francês. … Ler mais

Explicação do fim do mundo

No já longínquo ano de 1998, Jacques Attali fazia estas duas previsões: O transporte da voz logo virá a ser acompanhado de forma econômica pelo da imageme dos dados. Em 2005, será possível veicular imagens em banda larga no mundo inteiro.Surgirão telefones celulares com telas em miniatura, permitindo ver filmes e recebertelevisão e Internet, além … Ler mais

Nosso primeiro contista

Para um jovem que imagina – é bem comum – estar reinventando o mundo, ler Noite na taverna (1855) pode ser um bom negócio. O livro de contos de Álvares de Azevedo é um pequeno tratado de transgressões que ainda assustam muita gente: necrofilia, incesto, canibalismo, blasfêmia. Apresenta o leitor a certas virtualidades do humano … Ler mais