Médica hematologista desmistifica crenças populares sobre causas e tipos de anemia; confira entrevista com docente da Faculdade de Medicina

Em alguma época da vida, todo mundo já ouviu falar de anemia. Muitas pessoas nos dizem “come direito, senão vai te dar anemia” ou “cuida dessa anemia direito, senão ela vira leucemia”, mas será que essas afirmações tão populares têm fundamento? Para esclarecer informações como essas que muitos de nós crescemos ouvindo, a médica Iara … Ler mais

O absolutismo pobre da Cidade de Deus, por Eloésio Paulo

O estilo de Paulo Lins contém impurezas e tropeços, como os continham os de Balzac e Dostoiévski. Mesmo um leitor entusiasmado da primeira hora, o crítico marxista Roberto Schwarz, não deixou de notar certas “desigualdades literárias” em Cidade de Deus (1997), tratando, no entanto, de conferir a elas um status de funcionalidade estética. Houve também … Ler mais

Crônicas de vidas erradas, por Eloésio Paulo

Resumo de Ana (1998), de Modesto Carone, é composto de duas narrativas que se entrelaçam e espelham. A Ana do título e Ciro, protagonista da outra história, são mãe e filho. Se lidas superficialmente, os textos revelam-se como o relato objetivo de uma história real: Ana foi a avó materna do autor; Ciro foi seu … Ler mais

O zênite de Graciliano, por Eloésio Paulo

  Infância (1945) é, em geral, considerado um livro de memórias. Mas essa catalogação plana deixa de observar várias pistas de propósito incluídas nele, como a declaração de que o menino Graciliano muito cedo ganhou “afeição às mentiras impressas”. O volume é dividido em capítulos intitulados um pouco à maneira de Vidas secas; no início … Ler mais

Com a palavra, o verme, por Eloésio Paulo

  Quem está à beira do corpo? Inicialmente se pensa que é o verme, estranho narrador da primeira parte desse romance estranho. Mas, na segunda parte, o outro narrador nos dirá que é Vicente. A história propriamente é boa: o relato de um adultério e da vingança do “conje” traído. De novo, a velha obsessão … Ler mais

Teve azul, mas faltou ouro, por Eloésio Paulo

É sintomático que o único personagem muito interessante de Ouro sobre azul (1875), romance hoje um pouco esquecido, seja o celibatário convicto e globetrotter folgazão Adolfo Arouca. Ele se enquadra muito mal no figurino romântico, a ponto de o estranharmos quando afivela ao rosto a máscara do burguês cheio de respeito às conveniências. Adolfo é … Ler mais

Notas breves do cinema brasileiro no dia de sua comemoração, por Ítalo Oscar Riccardi León

Abordar o cinema brasileiro por ocasião da comemoração do seu aniversário, 19 de junho, em função das primeiras imagens cinematográficas do Brasil registradas na Baía de Guanabara, Rio de janeiro, em 1898, atribuídas aos irmãos italianos Paschoal Affonso e Segreto, conforme assinala a Agência Nacional de Cinema (ANCINE), é uma grande honra para quem, além … Ler mais

Virologista da UNIFAL-MG analisa o explosivo número de casos de dengue registrados no país e os fatores ambientais que favorecem a reprodução do mosquito vetor

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o número de casos de dengue no Brasil até o momento cresceu 197,9% em relação ao total de notificações registradas durante todo o ano de 2021. De janeiro até o início de junho, o país contabilizou 1.104.742 casos da doença. Minas Gerais registrou 81.916 casos, conforme último … Ler mais

Macabro, patético e risível, por Eloésio Paulo

  A trilha sonora era Radiohead, mas bem que podia ser Twisted Sister. Em 2006 a Rede Globo, dando uma de Record, produziu aquele caso policial baseado no episódio conhecido como “crimes do Arvoredo”, em referência à rua de Porto Alegre onde, no ano de 1864, um improvável casal foi autuado pela polícia por matar … Ler mais

Teoria do adultério, por Eloésio Paulo

Visto por alto, o único romance publicado por Lúcio de Mendonça não parece mais do que uma daquelas manifestações tardias do Romantismo. O que fica evidente, à primeira leitura, é o dramalhão sentimentaloide, transformado em teoria lá pela metade do livro, quando o marido do título faz suas considerações sobre a culpabilidade dos consortes traídos. … Ler mais

Um “fazendeiro do ar”, por Eloésio Paulo

Francesco Petrarca (1304-1374), um dos grandes escritores renascentistas, queixou-se num poema por sua amada, por ele tornada arquifamosa, não apenas o haver deixado para casar-se com outro, mas ter dado a este “undici figlioli” (onze filhos). Maior razão teria Constança, a prima de Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), celebrada pelo poeta em seus sonetos simbolistas, alguns … Ler mais

“Por diversão, para divertir”, por Eloésio Paulo

 Já ninguém lê livros de bolso, aqueles que a gente comprava na banca de jornal: de faroeste e de espionagem, principalmente. Um brasileiro chamado José Carlos Inoue certa vez concedeu ao Estadão interessantíssima entrevista revelando ter escrito, ao longo de vários anos, nada menos que três desses livrecos por dia. Mesmo com enredos e personagens … Ler mais

“Ensinar literatura – isso ainda faz sentido?”, por Eloésio Paulo

Em seu livro mais recente, Paulo Franchetti, professor aposentado da UNICAMP, presta considerável serviço ao ensino de literatura. Um pessimista poderia dizer que a contribuição é tardia, pois o recente desmonte das dimensões não automatizáveis da educação sinaliza um provável abandono da leitura de obras literárias na escola básica e até nas universidades, onde ela … Ler mais

“Neurastenia ao telefone”, por Eloésio Paulo

Ainda bem que Dulce, a protagonista de A voz submersa (1984), tem um marido rico, metido em falcatruas governamentais propiciadas pela sociedade com um oficial do Exército. A chamada telefônica transcrita pelo narrador do romance de Salim Miguel custaria uma fortuna, e as 105 páginas que ela ocupa são a medula do livro: não se … Ler mais

“Um Alencar atualíssimo”, por Eloésio Paulo

José de Alencar é um grande “vilão” quando se considera esta de muitas tragédias do ensino básico no Brasil: a incapacidade da escola de estimular, entre crianças e jovens, o hábito da leitura. É que os principais livros do escritor romântico, classificados como romances indianistas e urbanos, são, o mais das vezes, empurrados goela abaixo … Ler mais

“Vida de juiz era bem outra”, por Eloésio Paulo

A cidade sul-mineira de Carmo de Minas, que até 1953 se chamava Silvestre Ferraz, produziu uma improbabilidade estatística: dois escritores relevantes no mesmo século, número desusado em relação ao contingente populacional do município, que hoje não chega a 15 mil habitantes. Não será o caso de especular as causas do fenômeno, tarefa atribuível a alguém … Ler mais